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‘Sideral’, premiado filme potiguar, está entre os 15 finalistas a concorrer ao Oscar

FOTO: REPRODUÇÃO

A viagem de “Sideral” ainda não chegou ao fim. O premiado curta-metragem filmado no Rio Grande do Norte foi anunciado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Holywood na “shortlist” do Oscar, ou seja, na lista de 15 finalistas dos quais cinco  serão escolhidos para concorrer à estatueta na categoria de curta ficcional. O filme potiguar foi selecionado em meio a 200 outras obras cinematográficas. A lista final será divulgada no dia 24 de janeiro. Tendo estreado no 74º Festival de Cannes em 2021, “Sideral” já é o filme potiguar de maior projeção no cinema mundial. 

O anúncio da pré-lista de curtas e longas selecionados para 2023 aumentou as expectativas sobre “Sideral”, já que o favorito brasileiro para concorrer a melhor filme estrangeiro, o longa “Marte Um”, ficou de fora da corrida. Além da produção potiguar, há o filme “O Território”, um documentário sobre o povo amazônico Uru-Eu-Wau-Wau, coprodução entre Brasil, Estados Unidos e Dinamarca, que disputará vaga na categoria documentário longa-metragem. Totalmente brasileiro (e nordestino), só “Sideral”. 

A comoção em torno de “Sideral” começou em junho de 2021, quando a produção foi anunciada na seleção oficial de curtas do festival de Cannes daquele ano, se tornando o primeiro filme potiguar a concorrer à Palma de Ouro, um marco no audiovisual do estado. Desde então, o filme escrito e dirigido por Carlos Segundo não parou de correr o mundo e surpreender. O obra já circulou por 66 festivais, 26 países, e levou mais de 30 prêmios – sendo o último, o Prêmio Guarani, concebido por críticos de cinema de todo o país.

“Sideral” foi gravado no começo de 2021, com locações entre Natal, Ceará-Mirim e Parnamirim. A trama de 15 minutos tem como pano de fundo o histórico dia de lançamento do primeiro foguete tripulado brasileiro, na base aérea da capital potiguar. À margem desse acontecimento estão Marcela, Marcos e seus dois filhos, cuja vida comum pode ser seriamente afetada por isso.

O filme passeia de forma sutil por diferentes temas, ainda que mantenha um certo clima de ficção científica e mistério no ar. Carlos Segundo explicou à época que o curta circula por diferentes temas, podendo ainda ser considerada uma obra tragicômica. “O filme transita entre os campos poético e realista, conseguindo com isso convergir elementos técnicos e estéticos de uma forma muito singular. É uma obra que só poderia ter sido realizada aqui no Rio Grande do Norte”, declarou. 

No elenco de “Sideral” estão Enio Cavalcante, Robson Medeiros, Priscilla Vilela, Fernanda Cunha, Mateus Cardoso, Matheus Brito e George Holanda. A produção da potiguar Casa de Praia Filmes também contou com o auxílio das produtoras O Sopro do Tempo (mineira) e Les Valseurs (francesa), repetindo uma parceria que já tinha rolado no longa-metragem “Fendas”, todo gravado em Natal. 

Com informações da Tribuna do Norte

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