A retomada do consumo é uma realidade. Fatores como os cortes da taxa de juros, a liberação dos saques inativos do FGTS e o aumento da geração de emprego animaram o consumidor brasileiro em 2019. Com isso, o setor de shopping centers registrou crescimento de vendas acima das expectativas, encerrando o ano com avanço de 7,9%, o que gerou uma receita de 192,8 bilhões de reais pelo país, de acordo com o Censo Abrasce. São os melhores resultados para o setor desde 2014.
A estimativa oficial da entidade era de que o mercado de shopping centers crescesse 7% em 2019. À época que foram feitas as projeções, a entidade estimava um avanço de 2,5% do PIB — o crescimento não se confirmou, o que fez com que a força do consumo chamasse ainda mais atenção. “O resultado superou as nossas expectativas, mesmo diante de um crescimento do PIB que deverá ficar em torno de 1%”, diz Glauco Humai, presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Além disso, o executivo acredita que os investimentos em promoção e marketing fizeram com que o fluxo de visitantes aumentasse nas datas comemorativas. “Houve um ajuste de expectativas. No início do ano, os empresários estavam muito esperançosos com os planos do ministro Paulo Guedes para a economia, mas os problemas não se resolvem da noite para o dia”, diz Luiz Marinho, sócio diretor da GS&Malls, consultoria do grupo Gouvêa de Souza. “Tivemos uma melhora gradativa na economia a partir do mês de setembro, o que fez com que o consumidor voltasse a ter confiança.”
Em 2019, a entidade contabilizou a inauguração de 11 empreendimentos espalhados pelo país. Para este ano, 19 aberturas são esperadas pelo país, sendo 7 complexos comerciais no Nordeste, 5 no Sudeste, 4 no Sul e 3 no Centro-Oeste. Além disso, 6% dos shoppings existentes passam por um processo de expansão e outros 10% pretendem aumentar a capacidade neste ano.
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