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Fecomércio-RN é contra prorrogação do Decreto e pede a Fátima para flexibilizar funcionamento das lojas

INTENÇÃO DO GOVERNO EM PRORROGAR ISOLAMENTO DIVERGE COM A CLASSE EMPRESARIAL. FOTO: REPRODUÇÃO/TWITTER

Após reunião virtual com a governadora Fátima Bezerra, nesta terça-feira, lideranças do setor empresarial potiguar anunciaram, em Nota, que não querem a prorrogação do atual decreto estadual, que impõe o isolamento social e determina o fechamento de lojas até a próxima quinta-feira.

A proposta dos presidentes da Fecomércio-RN e FCDL-RN, Marcelo Queiroz e Afrânio Miranda, respectivamente, é que o governo flexibilize as medidas, tomando como ponto de partida a retomada da possibilidade de que os estabelecimentos comerciais possam voltar a funcionar, desde que não utilizem sistema de ar condicionado central, conforme já era possível nos dezenove primeiros dias de quarentena.

Em Nota, a Fecomércio-RN e FCDL-RN justificam tal posicionamento, diante do cenário de extrema dificuldade que o mundo inteiro atravessa, onde defendem o bom senso, equilíbrio e responsabilidade durante a análise dos assuntos envolvidos na crise (que é de saúde e econômica) e, principalmente, das eventuais tomadas de decisões.

Ainda em Nota, o segmento observa que tal entendimento toma por base a análise de números e indicadores variados levantados por suas equipes técnicas:

– Desde o dia 12 de março, quando foi confirmado o primeiro caso de Covid-19 no RN, e o dia 19 de abril, tivemos no Estado um total de 561 pessoas infectadas, com 27 óbitos. Estes números nos permitem dizer, entre outras coisas, que tivemos uma média de 14 novos casos por dia; que estamos com uma taxa de infecção de nossa população de 0,0164%; e que temos uma taxa de mortalidade de 4,81% dos infectados. Todos estes indicadores estão bastante abaixo das médias nacional e, sobretudo, daquelas registradas nos países onde o vírus foi mais devastador.

– Tínhamos no estado, em 19 de abril de 2020, cerca de 22% dos leitos de UTI destinados a pacientes com Covid-19 ocupados. Isto quer dizer que há 78% de vacância destes leitos. Há, ainda temos outras 75 novas vagas sendo implantadas nos próximos dias, o que fará com este nível de ocupação fique na casa dos 12,7%. Tal nível de ocupação nos dá uma situação bastante positiva, sobretudo se considerarmos que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o cenário de tranquilidade em relação à disponibilidade de UTIs pode ser assim definido quando países, estados ou municípios têm, disponível, mais de 50% de sua capacidade de leitos de tratamento intensivo.

– O setor de Comércio e Serviços (responsável por cerca de 65% do ICMS recolhido no estado), vem sofrendo fortemente com a obrigatoriedade de fechamento daqueles segmentos considerados não essenciais e com a queda de vendas provocada pela imposição às pessoas de que permaneçam em casa. Para se ter uma ideia do problema, temos registro de quedas de até 92% no faturamento de segmentos que estão fechados (caso do segmento de turismo e transportes) e de até 49% mesmo entre os que estão abertos (situação dos postos de gasolina).

– Além disso, estão hoje fechados, em virtude do novo Decreto Estadual, publicado no dia 8 de abril de 2020, algo em torno de 46 mil estabelecimentos comerciais (considerando apenas e tão somente o comércio varejista) que estão entre os segmentos que não se enquadram como essenciais. Juntos, estes estabelecimentos empregam mais de 54 mil potiguares, direta e formalmente, e pagam cerca de R$ 67 milhões em salários. Números portentosos que têm um peso considerável no equilíbrio econômico de nosso estado, em vários aspectos.

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