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Setor produtivo defende candidatura de Rogério Marinho

FOTO: DIVULGAÇÃO

Com a possibilidade do potiguar Rogério Marinho (PL) assumir a presidência do Senado Federal a partir de 2023, há a expectativa de que o Rio Grande do Norte seja beneficiado com a abertura de mais investimentos públicos. Esse é o sentimento de representantes do setor produtivo do Rio Grande do Norte. Nesta quarta-feira (7), o Partido Liberal (PL) deverá consolidar a candidatura do ex-ministro, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Rogério Marinho é visto como parceiro da área de empreendedorismo e da área produtiva do estado. O diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, diz que se o senador eleito estiver à frente do Senado poderá fortalecer o trabalho que tem desenvolvido ao longo dos anos, já que, segundo ele, Marinho sempre apoiou a pequena empresa potiguar. “Ajudamos a construir o ProSertão, quando ele foi secretário de Desenvolvimento (Econômico, do Rio Grande do Norte). Um projeto de encadeamento produtivo que é referência para o Brasil. Pudemos ajudar também, e continuamos apoiando, o Instituto Metrópole Digital, uma idéia genial do então Deputado Rogério. Repetimos a dose com o Ministério (Desenvolvimento Regional) no Projeto de Apoio às Rotas de Desenvolvimento do RN. O senador pode apoiar muito o desenvolvimento potiguar e o empreendedorismo brasileiro”, destacou Zeca Melo.

O Pró-Sertão foi criado com o objetivo de industrializar o interior do estado, através da abertura de facções de costura, levando emprego e renda para pequenas cidades no interior potiguar a partir da parceria firmada com gigantes do setor têxtil, como a Guararapes, Hering e RM-Nor. Rogério Marinho também liderou o processo de criação do Instituto Metrópole Digital, sendo responsável por direcionar emendas parlamentares para sua consolidação.

Enquanto ministro, reconheceu a criação e regularizou Polos da Estratégia Rotas de Integração Nacional no Rio Grande do Norte, como os Polos da Rota da Moda, do Leite, do Cordeiro Potiguar e do Mel de Jandaíra, permitindo avanços para as diferentes cadeias produtivas do estado, de modo a beneficiar os pequenos produtores.

Neste sentido, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio/RN), Marcelo Queiroz, ressaltou que a presença de um potiguar na cadeira da presidência do Senado Federal gera um impacto em toda região Nordeste, em especial, no Rio Grande do Norte.

“Na condição de exímio negociador e hábil articulador, a atuação política de Rogério Marinho será um grande diferencial na próxima legislatura. Conhecedor das dificuldades de gestão estadual e dos problemas que enfrentará no novo mandato, até porque ocupou cargos relevantes no governo federal, inclusive de Ministro de Estado, certamente poderá também auxiliar no acesso dos gestores do Rio Grande do Norte junto ao Congresso Nacional”, prevê Queiroz.

Sob a ótica do desenvolvimento socioeconômico do estado, Marcelo Queiroz pontua que, além da defesa de projetos de interesse do Estado, são esperadas mais iniciativas que destinem recursos para investimentos em diversas áreas, com destaque para a saúde, educação, segurança e infraestrutura, dentre outras, impulsionando o crescimento, aliado à geração de emprego e renda. “Não podemos esquecer que a atuação de Rogério Marinho na Presidência se daria num cenário favorável para a captação de recursos orçamentários e o crescimento que tanto almejamos para o nosso Estado, diante de governo estadual da mesma legenda partidária do federal”, acrescenta o dirigente da Fecomércio/RN.

Credibilidade

Na visão do presidente da Federação da Agricultura, pecuária e Pesca (Fenar/Faern), José Vieira, Marinho tem credibilidade para conduzir pautas importantes no Senado, vista a sua atuação em discussões importantes e polêmicas, das quais já esteve à frente. “Ele tem muita credibilidade entre seus pares porque sempre foi um parlamentar de diálogo, onde sempre conversou e conduziu bem os temas mais difíceis que passaram pelo Congresso nos últimos anos”, disse ele.

O ex-ministro foi relator, por exemplo, da Reforma Trabalhista, aprovada em 2017 no Congresso. Já no Governo Jair Bolsonaro, coordenou a elaboração e discussão em torno da reforma da Previdência, aprovada em 2019.

“Acredito, sem sombras de dúvidas, que vai ajudar muito o Senado e o país, dando equilíbrio, serenidade responsabilidade e garantindo a liberdade de expressão e democracia para que não haja conflito entre os poderes. Acredito nessa capacidade de Rogério Marinho à frente do Senado”, reforçou José Vieira.

Rogério cobra posicionamento de Lira e Pacheco

O senador eleito Rogério Marinho defendeu ontem pelas redes sociais, o direito dos parlamentares manifestarem suas opiniões livremente e criticou a postura do judiciário que tem determinado o bloqueio de perfis dos políticos ma internet. Na última segunda-feira (5), os deputados federais Bia Kicis (PL-DF) e Cabo Junio Amaral (PL-MG) foram os mais recentes a sofrerem a sanção.

A manifestação de Marinho foi publicada ao compartilhar uma mensagem do deputado Marcel Van Hattem (NOVO/RS) que foi reeleito para a Câmara. “O parlamentar é inviolável por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, está na Constituição”, atestou Rogério.

Ele também destacou que o autoritarismo e censura são prejudiciais para a democracia e, por isso, cobrou um posicionamento dos presidentes das casas legislativas. “A escalada autoritária de censura à crítica está enfraquecendo a democracia. Os presidentes da Câmara e Senado precisam se posicionar para preservar a harmonia entre os poderes”, escreveu.

Essa declaração pode ser um indicativo de como o ex-ministro deve proceder quanto a esse assunto, caso seja eleito presidente do Senado.

Na Câmara Federal, o  deputado Marcel Van Hattem anunciou que conseguiu reunir 171 assinaturas, número suficiente para protocolar pedido de CPI para investigar a “violação de direitos e garantias fundamentais, a prática de condutas arbitrárias sem a observância do devido processo legal, inclusive a adoção de censura e atos de abuso de autoridade, por membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF)”.

Nas redes sociais, Hattem criticou as novas suspensões de contas dos deputados – que já chega a dez – e cobrou resposta do Congresso Nacional. “Mais dois deputados federais têm redes sociais bloqueadas por decisão de Alexandre de Moraes: Bia kicis e Cabo Júnio Amaral. Já são dez parlamentares, eleitos ou em exercício, censurados pelo STF. Até quando, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco vão seguir fechando o Parlamento? CPI do Abuso de Autoridade do STF e do TSE, já! Pra ontem!”, escreveu, questionando os presidentes da Câmara e do Senado.

Após decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) já foram bloqueados os perfis em plataformas como Twitter, Facebook, Instagram e outros, dos deputados Daniel Silveira (PL-RJ), Otoni de Paula (MDB-RJ). O primeiro em fevereiro de 2021, após divulgar um vídeo com ofensas a ministros do STF e apoiar uma intervenção militar; o segundo, em agosto do mesmo ano, acusado de apoiar “atos antidemocráticos” que aconteceram no dia 7 de Setembro.

Em 2022, Carla Zambelli (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) Gustavo Gayer (PL-GO), José Medeiros (PL-MT), Major Vitor Hugo (PL-GO) e Coronel Tadeu (PL-SP) também tiveram contas suspensas por posts que apoiavam as manifestações de caminhoneiros ou apontavam supostas fraudes nas eleições. Já Bia Kicis (PL-DF) e Cabo Junio (PL-MG) divulgaram que não receberam nenhuma notificação ou justificava do bloqueio de suas redes sociais pelo TSE.

Tribuna do Norte

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