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Setor de bares e restaurantes do RN mantém faturamento apesar de crise do metanol

FOTO: DIVULGAÇÃO

Uma semana após o anúncio do Governo Federal sobre a abertura de investigações envolvendo bebidas alcoólicas adulteradas com metanol — que já somam 16 casos confirmados no país —, o setor de bares e restaurantes do Rio Grande do Norte não registrou queda no faturamento. A informação é da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no estado (Abrasel-RN).

De acordo com a entidade, o consumo segue estável, mesmo diante da repercussão nacional do problema. “Não [sobre queda no faturamento]. Temos acompanhado isso com nossos associados, principalmente os bares, e não se registraram quedas expressivas de faturamento em nível de Brasil. É uma informação que a Abrasel nacional deu e temos acompanhado in loco no RN. Liguei para alguns bares que têm essa questão da bebida forte e disseram que não notaram quedas por causa disso”, aponta.

Nas redes sociais, diversos bares e restaurantes de Natal publicaram comunicados para reforçar a procedência das bebidas e a legalidade das práticas adotadas. “Segurança e confiança em cada brinde”, escreveu um estabelecimento. O presidente da Abrasel-RN, Thiago Haddad, afirma que o movimento é espontâneo. “As casas estão fazendo o que é uma movimentação normal, mercadológica, para que se atenue um pouco desse pânico desnecessário que estão fazendo. Existem duas mortes por metanol no Brasil inteiro confirmadas e mesmo assim não foram dentro de bares e restaurantes. Estamos pagando uma conta que não é nossa. Existe um para-raio em cima de bares e restaurantes como se fossem os principais causadores de tudo isso. Somos tão vítimas quanto quem consome”, aponta.

Haddad acrescenta que o setor vem realizando capacitações para ajudar os profissionais a identificar possíveis bebidas adulteradas. A Abrasel também mantém um programa de compras coletivas para garantir preços mais competitivos e fornecedores confiáveis.

Em nota nacional, a entidade classificou a falsificação e adulteração de bebidas como “crimes graves contra o consumidor, que colocam em risco a saúde da população e geram prejuízos diretos aos estabelecimentos sérios e comprometidos com a legalidade”.

A Abrasel reforçou ainda que o problema “exige ação coordenada entre autoridades, setor produtivo e sociedade”, e tem orientado os estabelecimentos sobre sinais de adulteração — como preços muito baixos, lacres tortos, erros de impressão e odor semelhante a solventes. A entidade também recomenda que as garrafas sejam quebradas antes do descarte, evitando que falsificadores as reutilizem.

Com informações da Tribuna do Norte

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