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Setembro Amarelo: como os fatores sociais impactam na saúde mental das pessoas idosas

FOTO: DIVULGAÇÃO

Neste mês em que o país está voltado para a conscientização da prevenção do suicídio, com o Setembro Amarelo, um dado chama à atenção: de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a faixa etária com mais diagnósticos de depressão é a de pessoas idosas com 60 a 64 anos.

Entre 2013 e 2019, a doença também cresceu 48% entre idosos de 75 anos ou mais. Outro dado, do Ministério da Saúde, indica que a taxa de brasileiros acima dos 60 anos que tiraram a própria vida saltou de 6,8 a cada 100 mil habitantes, em 2010, para 7,8 em 2019.

Neste mês de setembro, no próximo dia 27, também é lembrado o Dia Nacional do Idoso. E no dia 01 de outubro, o Dia Internacional do Idoso.

“O aumento expressivo de pessoas idosas na população ‘forçou’ a entrada da pauta relacionada ao envelhecimento e à velhice nos espaços de discussão para pensar as políticas públicas”, afirma a assistente social Ferdinanda Fernandes, membro do Conselho Regional de Serviço Social do RN (CRESS-RN).

“Historicamente, somos uma das profissões que mais se debruça sobre o envelhecimento na sociedade capitalista, a partir da nossa inserção nos serviços públicos e equipamentos sociais, onde as pessoas idosas buscam respostas para suas demandas”, acrescenta Ferdinanda.

O processo de envelhecimento, para a conselheira, não é único para todas as pessoas. E as condições objetivas de sobrevivência e de aproveitamento da velhice impactam diretamente na saúde mental. “O adoecimento das pessoas idosas é atravessado diretamente por questões de raça, classe e gênero”, ressalta.

Desta forma, a atuação profissional de assistentes sociais, seja na Assistência Social, na Previdência ou na Saúde, é no sentido de viabilizar o acesso às políticas públicas e aos direitos da pessoa idosa.

“O envelhecimento é processo natural, mas a forma como acontece é fruto de uma produção social que impacta diretamente nos agravos da saúde mental”, completa a assistente social. “Nosso foco deve ser sempre garantir a dignidade e a liberdade da pessoa humana”.

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