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Sesap alerta sobre acidentes com fogos de artifício durante período junino

ATÉ O MÊS DE MAIO, 369 PESSOAS DERAM ENTRADA COM ALGUM GRAU DE QUEIMADURA NO SETOR DE QUEIMADOS DO WALFREDO GURGEL. FOTO: JOSÉ ALDENIR

O Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Walfredo Gurgel recebe uma média de 20 a 30 vítimas de acidentes graves relacionados a fogos de artifício ou queimaduras a cada período junino. O ano de 2020 foi considerado atípico, pois não registrou nenhuma internação por queimadura grave causada por fogueira ou fogos de artifício, o que não acontecia desde a fundação do hospital. O fato pode ser atribuído ao decreto que proibiu, naquele período, o uso de fogos e fogueiras.

Porém, o período junino de 2022 promete o retorno das tradições da época, principalmente o acendimento das fogueiras e o uso de rojões e fogos conhecidos como chuveirinho, carrapeta, cobrinha, vulcão, entre outros. Neste mês a Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) lançou a campanha “Junho Laranja”, para alertar sobre os riscos e informar sobre como prevenir queimaduras.

O cirurgião plástico do CTQ do Walfredo Gurgel, Dr. Marco Almeida, lembra a necessidade de conscientizar a população sobre atitudes preventivas tanto nos festejos, como em outras situações. Ele explica, inclusive, que o aumento dos acidentes já tem sido percebido nos atendimentos do hospital. “Durante a semana passada, o CTQ do Walfredo Gurgel esteve com 100% de ocupação”, informou. O perfil atual de pacientes internados é de 30% de casos de queimaduras por álcool líquido, 30% de queimaduras decorrentes de acidente com eletricidade, e 30% por etanol combustível, que tem sido usado por algumas pessoas para cozinhar, o que é proibido.

Para ele, é importante lembrar que a Resolução RDC nº 350, publicada em 19 de março de 2020 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que permitia a livre comercialização de álcool líquido a 70%, deixou de vigorar em 22 de maio. “A partir do fim dessa liberação, torna-se necessária a fiscalização pelos órgãos competentes para diminuir a incidência de queimaduras por álcool líquido”.

Até o mês de maio, 369 pessoas deram entrada com algum grau de queimadura no setor de queimados do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Entre os principais causadores estão os líquidos quentes, choque elétrico, álcool líquido e álcool combustível.

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