Após 24 dias, os servidores da saúde estadual decidiram em assembleia suspender a greve por um prazo determinado, proposta que surgiu em audiência de conciliação no Tribunal de Justiça. A greve será suspensa até o dia 27 de julho, quando haverá nova reunião com o desembargador Glauber Rêgo, na qual a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) deverá apresentar uma resposta atendendo a três dos pontos da pauta de reivindicações. O desembargador recusou o pedido de ilegalidade da greve e impediu qualquer tipo de desconto pelos dias parados.
Os servidores retornam ao trabalho na próxima troca de plantão (às 19h, nos hospitais, e às 07h, no SAMU). A greve atingiu todos os hospitais da Região Metropolitana, o SAMU, e unidades em Mossoró e Caicó, mantendo o atendimento de urgência e emergência.
O Sindsaúde defendeu a suspensão da greve para evitar cortes nos salários. “Infelizmente, a Sesap, em vez de negociar, escolheu pedir a ilegalidade, como se fosse proibido fazer greve. Agora, esperamos que traga uma proposta séria, que realmente melhore a situação do servidor que está há seis anos com o salário congelado”, cobra Manoel Egídio Jr., coordenador-geral do Sindsaúde-RN, que também cobra uma audiência com o governador.
A Secretaria se comprometeu a enviar resposta sobre a realização do concurso público, as progressões atrasadas e a gratificação de produtividade, cujo valor vem sendo reduzido para os servidores dos hospitais, a exceção dos médicos. O Sindsaúde também exige a mudança na portaria que institui pontuação máxima para as funções de secretário, diretor e coordenador.
Os servidores também aprovaram um calendário de atividades durante o estado de greve. Até a audiência no Tribunal de Justiça, o Sindsaúde irá promover atos e reuniões nos hospitais, denunciando a falta de condições de trabalho e de segurança. Nesta segunda-feira (18), ocorrerá o primeiro ato, na Sesap, contra a transferência injustificada de servidores que fizeram parte da antiga gestão, pela reforma do prédio e ingerência política no órgão. O protesto tem o apoio de integrantes do Conselho Estadual de Saúde e pode pedir a saída da atual secretária de Saúde, Dra. Eulália de Albuquerque, e da subsecretária, Denise Maria Aragão.
Confira o calendário de atividades:
18/07 Ato Público na SESAP, 09h
19/07 Reunião nos locais de trabalho
20/07 Reunião nos locais de trabalho
21/07 Ato unificado na Assembleia Legislativa, 09h
22/07 Reunião nos locais
25/07 Ato unificado com pacientes em defesa da saúde
26/07 Reunião nos locais
27/07 Audiência com o Tribunal de Justiça, 15h