Segundo relato do fotógrafo Canindé Soares, os Sentinelas de Cristo decidiram retornar à ponte, após o último caso de suicídio registrado com a saída do grupo. “Hoje estive na ponte para conversar com os Sentinelas de Cristo. Eles voltaram e o motivo foi que em apenas um dia sem a presença deles, um jovem pulou da ponte. Um trabalho digno de seres humanos que voluntariamente se preocupam com pessoas que nem conhecem. Voltaram em menor número, mas com a mesma vontade de salvar vidas, voltaram com menos apoio, principalmente de água e alimentação. Quem puder fazer doação, pode se dirigir ao acampamento no início da ponte do lado da Zona Norte”.
Para Canindé, os voluntários poderiam ter um apoio maior, seja da população, seja do poder público. “Tem chegado ajuda de pessoas, mas ainda é muito pequena. E para piorar, vem as críticas de quem não ajuda e quer atrapalhar. Gente que passa e xinga, gente que nas redes sociais fala que o interesse é outro, interesse eleitoreiro. Eu particularmente quando fazia campanha para ajudar aos moradores do Maruim – o qual fiz por muitos anos, recebia esse tipo de crítica também. Que seria candidato nas próximas eleições. Nunca fui e nunca serei. Tem gente que só faz uma bondade por interesse e acha que todos são iguais”.
“Na minha opinião não me importo se alguém está com segundas intenções, o que importa no momento é o bem que está fazendo. E nesse caso dos Sentinelas de Cristo, o bem que eles estão fazendo é imensurável, pois já salvaram dezenas e dezenas de vidas, sem contar que ficam lá dia e noite, num esforço que poucos tem a coragem de fazer”.