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Senadora do PSL conhecida como ‘Moro de saias’ é cassada pelo TRE do Mato Grosso

A senadora Selma Arruda (PSL-MT)

A SENADORA SELMA ARRUDA (PSL-MT) FOTO: AGÊNCIA SENADO

O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso decidiu, nesta quarta-feira,, cassar o mandato da senadora Selma Arruda (PSL-MT) – apelidada de “Moro de saias” do Mato Grosso – por abuso de poder econômico e caixa dois, nas eleições de 2018. A decisão foi unânime (7 a 0). A parlamentar já anunciou que recorrerá da decisão.

Os dois suplentes de Selma também foram cassados. Ela e um deles, Gilberto Possamai, foram declarados ainda inelegíveis por oito anos. A acusação é que a senadora recebeu R$ 1,2 milhão em transferências bancárias de Possamai, em abril e julho de 2018.

O relator destacou que, com esses recursos, Selma feriu o princípio da isonomia e largou em vantagem em relação a outros candidatos. Segundo ele, houve pagamentos a agência de produções cinematográficas antes do período eleitoral.

A senadora fez campanha na esteira da popularidade do então juiz Sérgio Moro e hoje ministro da Justiça, sendo chamada por seus apoiadores de “Moro de saia”. Ela poderá recorrer no cargo. O autor da ação é Carlos Fávaro (PSD), que ficou em terceiro lugar na disputa por uma cadeira no Senado.

“Estou tranquila com a decisão proferida pelo Tribunal Regional Eleitoral. A tranquilidade que tenho é com a consciência dos meus atos, a retidão que tive em toda a minha vida e que não seria diferente na minha campanha e trajetória política. Respeito a Justiça e, exatamente por esse motivo, vou recorrer às instâncias superiores, para provar a minha boa fé e garantir que os 678.542 votos que recebi da população mato-grossense sejam respeitados”, registrou a senadora, em nota.

Ex-ministro da Justiça no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo é o advogado de Fávaro na ação e fez a defesa da cassação da senadora na sessão do TRE desta quarta-feira. Para ele, as provas são “contundentes”. Cardozo destaca que, a pedido deles, as informações serão remetidas ao Ministério Público para que seja avaliada uma acusação criminal contra a senadora.

FONTE: EXTRA

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