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Senador Styvenson retira assinatura de CPI do MEC e justifica: “Tornou-se um espetáculo de horrores”

“CONSIDERANDO O MOMENTO DE ELEIÇÃO, ONDE A GRANDE MAIORIA SÓ ESTÁ PREOCUPADA COM VOTOS, RETIREI MEU NOME”, OBSERVOU. FOTO: AGÊNCIA SENADO

O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) retirou sua assinatura do requerimento que pede a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar as denúncias de tráfico de influência e corrupção envolvendo o Ministério da Educação (MEC). São necessárias 27 assinaturas no Senado para que a investigação seja aberta.

Com isso, Styvenson passa a ser o único senador da bancada potiguar contra a abertura da investigação. Os outros dois senadores, Jean Paul Prates (PT) e Zenaide Maia (Pros), assinaram o requerimento. Após o anúncio da retirada de sua assinatura, o senador, que tem um forte discurso de combate à corrupção, passou a receber críticas nas redes sociais.

À reportagem do PORTAL DA 98 FM, o senador explicou que decidiu retirar a assinatura porque entende que a CPI do MEC, se confirmada, será “palco para um espetáculo político” para beneficiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Isso porque o articulador da CPI, e possível presidente da comissão, é o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), já anunciado coordenador da campanha do petista à Presidência.

Ele afirma que, ao não assinar o requerimento da CPI, não está contradizendo o discurso de combate à corrupção. O senador prega que as denúncias envolvendo o MEC sejam apuradas por órgãos competentes, como Polícia Federal e Ministério Público, e sejam levadas à Justiça.

Styvenson argumentou, ainda, que, na avaliação dele, “CPI não efetividade nenhuma” e citou como exemplos a CPI da Pandemia (Senado) e a CPI da Arena das Dunas (Assembleia Legislativa do RN), que “terminaram em pizza”.

“CPI não tem efetividade. Não analisa o fato jurídico como deveria analisar, e sim o fato político-partidário. Nada mais é do que palco para espetáculo político, para que as emissoras de televisão acompanhem. Não deixei de combater a corrupção. Não passei pano. Existem órgãos fiscalizatórios. Quem tem força é Ministério Público, Polícia Federal e Judiciário. Eu assino quando passarem as eleições”, enfatizou o senador.

O senador acrescentou que só assinou o requerimento para abrir a CPI da Pandemia, no ano passado, porque o tema era urgente. Ele disse que pode até assinar a CPI do MEC, mas depois das eleições ou desde que seja aberta uma CPI para apurar corrupção nos governos do PT, com protagonismo de bolsonaristas.

“CPI nesse momento não tem outra função, a não ser holofote. Se Randolfe não fosse líder da campanha de lula, tudo bem. E CPI é famosa por dar em pizza. A CPI da Pandemia eu assinei pela urgência que tinha no momento, de crise de saúde pública do País. Mas deu no que deu, todo mundo assistiu”, acrescentou.

Com informações do Portal 98 FM

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