Em 1º de fevereiro, o Senado Federal elegerá o novo presidente da Casa e respectivamente do Congresso Nacional. O escolhido assumirá a vaga de Eunício Oliveira (MDB-CE), que não se reelegeu para um novo mandato.
Uma decisão do ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal) na quarta-feira (09) derrubou uma liminar do ministro Marco Aurélio Mello e determinou que a escolha para a presidência do Senado seja realizada com voto fechado.
A regra tende a dar um sopro de esperança para políticos mais estabelecidos na Casa, a chamada “velha política”. Congressistas poderão apoiar nomes já conhecidos –e investigados– sem precisar enunciar seus votos perante os colegas e os eleitores.
Entretanto, o sigilo na votação não é garantia total para que o emedebista tenha êxito. O alagoano já foi alvo de 18 inquéritos no STF e é personagem recorrente em delações premiadas da Operação Lava Jato. Nove casos envolvendo o senador foram arquivados até o momento.
Temendo a eleição de Calheiros, o partido do presidente Jair Bolsonaro lançou Major Olímpio (PSL-SP) como candidato à presidência do Senado. O emedebista é considerado hostil para o novo governo, principalmente para aprovar agendas futuras.
Na corrida, Olímpio e Calheiros podem enfrentar Esperidião Amin (PP-SC), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Alvaro Dias (Podemos-PR), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Simone Tebet (MDB-MS).
O número alto de concorrentes é novidade no Senado. Isso fez com que o atual presidente, Eunício Oliveira, estabelecesse, em questão de ordem apresentada no fim de 2018 pelo então senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que somente será eleito aquele que obtiver votação superior a 41 votos, entre os 81 senadores.
O presidente do Senado é também presidente do Congresso e o 3º na linha de substituição da Presidência da República, logo após o presidente da Câmara, cadeira atualmente ocupada por Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Em uma contagem preliminar, o governo conta com o apoio de dois partidos: PSL e PR, que somam 6 senadores. Entre as principais discussões sobre quem formará a nova Mesa Diretora é a aprovação da reforma da Previdência. Por se tratar de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional), são necessários, ao menos, 49 votos no Senado.
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