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Sem dinheiro para pagar a Fifa, Globo pode perder a Copa de 2022

FOTO: DIVULGAÇÃO

A redistribuição da verba publicitária do governo federal provocou uma crise financeira sem precedentes.

Na TV Globo.

A emissora carioca foi por décadas a maior beneficiada na distribuição bilionária dos governo. Em 2017, por exemplo, ficou com 48,5% das verbas.

Em 2018, 39,1%.

Em 2019, teve direito a 16,3%.

A emissora tratou de fazer uma sinergia entre seus veículos de comunicação: jornal, tevê, rádio e internet. E mandou mais de 100 profissionais embora em 2019.

Tratou de mandar embora atores e autores consagrados.

Perdeu o monopólio da transmissão do Brasileiro.

Viu o Esporte Interativo comprar os direitos de vários clubes importantes na tevê a cabo, desbancando o Sportv. Athletico Bahia, Ceará, Coritiba, Fortaleza, Internacional, Palmeiras e Santos são os clubes do EI em 2020.

Não conseguiu fechar os jogos do Flamengo no Carioca em 2022.

A audiência do futebol na tevê aberta caiu 22% nos últimos dez anos.

Não bastasse tudo isso, veio a pandemia, que travou as transmissões de futebol, a participação normal dos patrocinadores, que deverão ter seus contrato prorrogados, sem custo em 2021.

Dentro desse cenário caótico, havia as parcelas pela Copa do Mundo de 2022 que deveria pagar à Fifa.

A emissora sempre teve uma relação íntima com a entidade principal de futebol no planeta. Desde 1970 mostra a principal competição entre seleções.

No Mundial de 2014, no Brasil, a emissora carioca e a Fifa foram oficialmente parceiras.

A relação foi tão boa que a Fifa anunciou que a Globo transmitiria com exclusividade os Mundiais de 2018 e 2022. A entidade não abriu sequer concorrência, tamanha a parceria.

Em 2015, a Globo e a Fifa tinham assinado um contrato para a transmissão dos principais eventos de futebol até 2022.

O valor desse acordo: 600 milhões de dólares, atuais R$ 3,1 bilhões.

O total foi dividido em nove parcelas.

E, desde maio, a Globo sinaliza que não vai conseguir arcar com a sua parcela de 2020, de 90 milhões de dólares, cerca de R$ 472 milhões, com vencimento para o próximo dia 30 de junho.

Já foram pagas cino parcelas.

Faltam quatro.

A dívida é de R$ 1,8 bilhão

R7

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