Dois dias após a vitória de Javier Milei na Argentina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (21/11), que “não tem que gostar do presidente” argentino, nem dos governantes dos demais países sul-americanos. Segundo o petista, as relações devem priorizar políticas de Estado, em busca de um acordo em defesa de interesses comuns.
“Nós vamos ter problemas políticos e, ao invés de reclamar dos problemas políticos, nós temos que ser inteligente e tentar resolver. Eu não tenho que gostar do presidente, sabe, do Chile, da Argentina, da Venezuela. Ele não tem que ser meu amigo, ele tem que ser presidente do país dele ou tem que ser presidente do meu país”, ressaltou o petista.
A declaração de Lula ocorreu durante pronunciamento do presidente na cerimônia de formatura dos futuros diplomatas do Instituto Rio Branco, no Palácio Itamaraty. No discurso, o titular do Planalto enfatizou a importância de uma cooperação regional fortalecida, assim como relações próximas ao continente africano.
“Temos que sentar na mesa, cada um defendendo seus interesses. Não pode ter supremacia um sobre o outro. A gente tem que chegar a um acordo, essa é a arte da democracia”, prosseguiu.
Metrópoles