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Segunda unidade do Sentinela Vigiar é instalada na UPA Esperança

Natal passará a contar com sua segunda Unidade Sentinela de Vigilância do Ar, implantada na Unidade de Pronto Atendimento da Cidade da Esperança, no Distrito Sanitário Oeste, a partir desta quinta-feira (23). Com isso, será possível fazer a avaliação epidemiológica dos agravos respiratórios em crianças com até cinco anos de idade moradoras da zona Oeste da Capital. Na região foram registrados 41% dos quase 1,6 mil casos notificados nos meses de janeiro e abril deste ano, conforme o relatório quadrimestral divulgado pelo Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (DVS-SMS).

Segundo o chefe da Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador (Visamt), Marcílio Xavier, a implantação de uma Unidade Sentinela nas proximidades dos bairros que apresentam os maiores índices de casos é primordial para que a SMS possa traçar o mapa detalhado dos casos, mais próximo da realidade local. A primeira unidade foi implantada no Pronto Socorro Sandra Celeste em outubro do ano passado e transferida em dezembro para o Hospital Municipal de Natal.

“Essa é a nossa expectativa. A primeira unidade funciona hoje no Hospital Municipal, mas muitos moradores desses bairros não têm tempo ou condições de se deslocarem em busca de assistência médica e acabam se consultando nas unidades de saúde mais próximas de casa ou em alguns casos, aguardam a melhora em casa mesmo. E isso prejudica a notificação dos agravos, comprometendo a avaliação epidemiológica e as resoluções possíveis”, acrescenta Marcílio Xavier.

Ele explicou ainda que o trabalho é realizado por meio do componente Exposição Humana a Poluentes Atmosféricos, da Vigilância de Populações Expostas a Contaminantes Químicos (Vigipeq). E que seu objetivo é subsidiar a Vigilância em Saúde Ambiental, especificamente a Vigilância em Saúde Populações Expostas a Poluentes Atmosféricos (Vigiar), na avaliação de possíveis impactos na saúde, em decorrência da exposição a esses elementos.

“O Sentinela tornará possível a avaliação epidemiológica intensificada com a coleta de informações necessárias para o monitoramento de fenômenos onde o foco está na avaliação dos possíveis impactos na saúde de crianças menores de cinco anos que apresentem um ou mais sintomas respiratórios como: dispneia/falta de ar/cansaço; sibilos/chiados no peito e tosse que podem estar associados a outros sintomas e ainda nos agravos de asma, bronquite e infecção respiratória aguda”.

Quase 1,6 mil casos em apenas quatro meses

Nos quatro primeiros meses deste ano, a Vigiar notificou 1.585 casos de agravos respiratórios em crianças de zero a cinco anos de idade em todo o município, conforme o relatório quadrimestral divulgado pela Visamt, setor ligado ao DVS. Deste total, 41% foram registrados na zona Oeste, sendo o bairro de Felipe Camarão o responsável por 157 notificações. Em seguida, a zona Sul, com 32% dos registros, sendo que Mãe Luíza contabilizou 169 ocorrências.

A avaliação epidemiológica no município é possível graças à implantação da Unidade Sentinela do Vigiar, ocorrida entre outubro e novembro de 2015 e que foca na análise dos possíveis impactos à saúde de crianças menores de cinco anos que apresentem sintomas respiratórios como dispneia, falta de ar, cansaço, sibilos, chiados no peito e tosses, que podem estar ou não associados a outros agravos, como asma, bronquite e infecção respiratória aguda.

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