“Parece que o Sr. Janot não se aposentou da prática de agredir os fatos e a verdade”. A declaração foi publicada pelo ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara dos deputado, Henrique Eduardo Alves (MDB).
Ele se refere à divulgação de trecho do livro ainda não publicado do ex-procurador Rodrigo Janot. Segundo informações publicadas pelo jornalista Guilherme Amado, da revista Época, o início do livro narra a cena.
O relato é que Rodrigo Janot teria sido chamado por Michel Temer no Palácio do Jaburu. Ao chegar, foi recebido por Henrique Eduardo Alves. E lá, numa varanda teria ouvido pedido para não investigar Eduardo Cunha (MDB).
“‘Eu chamei o senhor aqui porque quero conversar não com o procurador-geral da República, mas com um brasileiro preocupado com o Brasil, com um patriota’”, teria dito Temer.”
De acordo com o jornalista Guilherme Amado “Em seguida, sem meias palavras, Henrique Alves disse a Janot que ele não poderia investigar Cunha: “Cunha é um louco, pode reagir de forma imprevisível e colocar o Brasil em risco.”
E ainda: “‘Confiamos no senhor como brasileiro e como patriota para manter a estabilidade do país’”, disse Alves, na versão de Janot.” O livro de Rodrigo Janot deve ser lançado em duas semanas. Ele ainda não comentou o “vazamento”.
A antecipação do trecho não passou despercebida pelo ex-ministro citado. De acordo com Henrique Alves, o diálogo que foi revelado nesta terça-feira jamais aconteceu e fez três postagens sobre o assunto.
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