Das 82.440 doses recebidas pelo Rio Grande do Norte para iniciar a vacinação contra a covid-19, 5% delas – ou seja, 4.122 – foram bloqueadas. Assim, neste primeiro momento, ficarão indisponíveis para a população. A ação, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap-RN), é necessária por causa de perdas operacionais que podem acontecer ao longo da campanha de imunização.
Em entrevista à TV Tropical, o secretário de Saúde do estado, Cipriano Maia, explicou a necessidade da reserva do imunizantes. “Em todo processo de vacinação, essa reserva técnica é prevista. Por exemplo, quando é uma vacina que está num frasco de 10 doses, às vezes você não tem controle absoluto da quantidade que o vacinador aspira. Então em vez de 10, você terá nove doses”, disse.
Ele ainda acrescentou: “Ou um município que tem problema no refrigerador, a temperatura sai do controle por poucas horas, ela já está descartada. A secretaria que controla isso vai saber onde perdeu dose e qual a razão”.
Além de outras funções, a plataforma “RN Mais Vacina” também irá ajudar no monitoramento dessas ocorrências em todo o estado. Segundo Maia, caso não aconteçam perdas significativas, a ideia é liberar as doses para uma outra parcela do grupo prioritário.
“Estamos com a ideia de que essa perda não ocorrendo, nós teremos até como liberar doses para o grupo priritároo para atender alguma demanda”, anunciou.
Contudo, para uma segurança maior na aplicação, o gestor reforçou a importância do envio de novas doses para o RN. Porém, o cenário ainda não é animador. “Nós não temos notícia concreta. Temos a informação de que o Instituto Butantan tem produção própria, com insumos que já haviam chegado antes. É um lote com cerca de 5 milhões de doses, mas ainda não há nada definido. Esse lote também precisa de autorizaão da Anvisa para o uso emergencial. Esperamos novidades na próxima semana”.
Segunda dose
De acordo com as recomendações do Ministério da Saúde, a segunda dose deve ser aplicada entre 14 e 28 dias após a primeira aplicação. Com as doses restantes separadas para vacinação posterior, Cipriano Maia destacou que o esquema de distribuição deve ser o mesmo do realizado no ínicio da semana, depois da chegada das vacinas ao RN.
“Estamos trabalhando com a hipótese de distribuir na semana da aplicação, três ou quatro dias antes. Ainda vamos discutir com os municípios. A ideia é fazer da mesma forma, com apoio das forças de segurança na escolta e distribuição”, disse à TV Tropical.
Ainda segundo o secretário, a Sesap está monitorando intercorrências de efeitos colaterais em que recebeu a primeira dose em todo o estado. “Estamos trabalhando todo o acompanhamento de efeitos adversos. Mas até agora não houve notificação”, acrescentou.
Maia aproveitou a oportunidade para reforçar a necessidade de manutenção das medidas de prevenção à covid-19. “A vacina traz a possibilidade de tomar o controle da pandemia e retormar um convívio soicial. Mas até lá é preciso manter as medidas de prevenção para evitar novos casos, novas mortes”, finalizou.
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