A Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (Seec-RN) lamentou a deflagração da greve pelos professores da rede estadual de educação do RN. O movimento grevista foi aprovado nessa sexta-feira (03), em assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte-RN).
“Considerando as várias propostas apresentadas para o sindicato dos professores, observando os danos na aprendizagem dos estudantes que uma greve provoca e valendo-se do compromisso em pagar a implantação do piso, lamenta a decisão da categoria pela deflagração da greve”, afirmou.
A pasta ainda destacou que aguarda que “o sindicato apresente contrapropostas aplicáveis, tendo em vista o equilíbrio fiscal do Estado”. Na nota, a secretaria destacou que “o RN é um dos poucos estados brasileiros que consegue apresentar uma proposta executável levando em consideração toda a tabela salarial e a paridade entre ativos e aposentados”.
Em um rede social, o secretário de planejamento do RN, Aldemir Freire, apresentou cálculos e apontou que os custos do piso para esse ano consumiria 92% do espaço fiscal. “Se o governo do estado atender aos professores na foma como eles querem vai inviabilizar a prestação dos serviços públicos, os investimentos e atrasar salários (inclusive dos professores)”, escreveu.
De acordo com Freire, do aumento de receitas projetado para esse ano, 92% seria consumido pelos professores – ativos e inativos – e apenas 8% para o crescimento de todas as demais despesas, inclusive o custeio e o investimento da própria educação. “Isso é ou não inviável?”, questionou.
De acordo com o Sinte-RN, o Executivo potiguar apresentou três propostas. A primeira proposta do Executivo consistia em, no mês de março, implementar para todos os ativos e aposentados que ganham abaixo do piso, retroativo ao mês de janeiro. Para os demais (ativos e aposentados), 3% em maio, mais 2,7% em setembro e 8,66% em dezembro. Já o retroativo seria implementado a partir de maio de 2024.
A segunda proposição do governo era de implantar 5,7% em maio e 8,66% em dezembro. O retroativo seria pago a partir de maio do próximo ano. Ambas foram negadas pelos professores. Já a terceira proposta foi enviada na última terça-feira (28), após a categoria aprovar o indicativo de greve.
De acordo com o Sinte-RN, a última intenção exposta pelo governo foi a de implementar 14,95% em março mais retroativo de janeiro e fevereiro para os professores que recebem abaixo do valor do piso e, para os demais – incluindo aposentados e pensionistas com paridade -, implementar 6,5% em maio e 7,93% em dezembro, com retroativo pago em oito parcelas, entre maio e dezembro de 2024.