A seca já afeta 83% do território do Rio Grande do Norte, alcançando 70 municípios que dependem do abastecimento de água por carros-pipa. Segundo a Defesa Civil Estadual, 210 veículos atendem mais de 80 mil pessoas em áreas rurais.
Os 69 reservatórios monitorados pelo Igarn acumulam apenas 44% da capacidade total, índice considerado preocupante diante da baixa recarga registrada em 2025. Em cidades como Luís Gomes, Ouro Branco, Serra do Mel e Água Nova, a situação é classificada como colapso parcial, com rodízios e alternativas emergenciais.
O governo do estado adota medidas como perfuração de poços, programas de dessalinização e restrições no uso de água em canais estratégicos. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Paulo Varella, a estratégia combina ações emergenciais e estruturantes, visando aumentar a disponibilidade de água.
Entre os reservatórios mais críticos estão Passagem das Traíras, Esquicho, Carnaúba, Japi II, Jesus Maria José, Tourão e Brejo. Alguns, como o de Luís Gomes, chegaram a secar, sendo normalizado o abastecimento apenas com aporte de barragens próximas.
Além das ações emergenciais, o governo investe na recuperação de 28 barragens, no avanço de adutoras e na utilização das águas da transposição do Rio São Francisco. Especialistas alertam que a convivência com a seca é cíclica e medidas preventivas devem ser permanentes para evitar colapsos nos próximos anos.
Com informações de Tribuna do Norte
