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“Se fosse do Congresso, Moro estaria cassado ou preso”, diz Davi Alcolumbre

Foto: Marcos Oliveira/Ag. Senado

O presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) declarou na noite dessa segunda-feira, 24, que, se comprovada a veracidade, são “graves” e revelam “problema ético” as mensagens trocadas entre Sergio Moro (quando era juiz da Lava jato) e o procurador Deltan Dallagnol. “Se fosse deputado ou senador, estava no Conselho de Ética, cassado ou preso”, afirmou.

Sobre o Planalto, afirmou que “se forem cancelados 5 pacotes de dados na República, o Brasil vai bem, vai andar”. Referia-se de maneira indireta ao uso intenso de redes sociais pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e seus aliados.

Mostrou otimismo em relação à reforma da Previdência. Espera que a Câmara aprove o projeto em 10 de julho. Estima que o Senado levará de 45 a 60 dias para aprovar o texto, a partir da volta do Congresso pós-recesso, em 2 de agosto. Ou seja: tudo estaria aprovado até o fim de setembro.

Sobre a reforma tributária, Alcolumbre quer uma comissão mista de deputados e senadores analisando o tema para dar celeridade à tramitação do projeto.

MENSAGENS DE MORO

Sobre as mensagens divulgadas pelo site The Intercept, o presidente do Senado fez ressalvas, mas também críticas contundentes. “As pessoas têm o direito de conversar com as outras pessoas. Tem o limite da Constituição, tem que ver o que ultrapassou”, disse.

“Do ponto de vista ético, sim [ultrapassou]. Se aquilo for tudo verdade… esse que é o problema. Aquilo é verdade? Vai comprovar? Aquela conversa não era pra ter sido naquele nível entre o acusador e o procurador. Se isso for verdade, eu acho que vai ter um impacto grande, não em relação a Operação porque ninguém contesta nada disso e não vai contestar nunca. (…) Se isso fosse deputado ou senador, tava no conselho de ética, tava cassado ou tava preso”. Em caso de congressistas, disse que talvez mesmo sem comprovação poderia haver punição.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Alcolumbre acredita a Câmara aprovará a reforma em 10 de julho. O Senado levará de 45 a 60 dias para aprovar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da mudança no sistema de aposentadorias, a partir da volta do Congresso pós-recesso, em 2 de agosto.

Tudo estaria aprovado e pronto para promulgação até o final de setembro.

DECRETO DAS ARMAS

O presidente do Senado explicou ainda que buscou um acordo para que não fosse derrubado o decreto presidencial. Não teve sucesso porque o Planalto não ajudou: “Testemunha disso são 2 nomes: Flávio Bolsonaro [PSL-RJ] e Marcos Rogério [DEM-RO]“.

Segundo relato do presidente do Senado, Flávio Bolsonaro e Marcos Rogério tentaram ajudar. “Foram procurar uma informação do governo [se era aceitável para Jair Bolsonaro fazer uma alteração no texto]. Eu esperei 40 minutos e perguntei: Flávio conseguiu? ‘Não, porque o governo acha que tudo é constitucional’”, disse.

Alcolumbre afirmou que nesta terça-feira, 25, deve ser votado um novo projeto que trata apenas da posse de arma no campo. “Quero construir um acordo para votar amanhã o texto da posse rural estendida. Não é a casa para circunscrever a posse, mas a área da propriedade”, disse.

As informações são do Poder360

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