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Rogério Marinho promete conduzir reforma tributária no Senado

FOTO: DIVULGAÇÃO

A campanha pela sucessão do comando do Senado Federal já começou para o potiguar Rogério Marinho (PL), que assume a cadeira no Congresso em 1º de fevereiro de 2023 e será o principal adversário do atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), na disputa pelo comando do parlamento. Através das redes sociais, o senador eleito defendeu alguma das bandeiras que serão focos de sua gestão, caso seja escolhido para presidir o Senado. A pauta econômica e a necessidade do protagonismo da Casa na condução de temas relacionados à área são pontos abordados pelo candidato.

A tramitação no Congresso da PEC da Transição, que deverá liberar o ‘estouro’ do teto de gastos em mais de R$ 145 bilhões por ano, tem tomado conta do debate no país e, para Rogério Marinho, o Senado precisar estar vigilante para evitar o que chamou de “retrocesso” na área econômica. Para Marinho, o Senado Federal não pode se curvar ao Poder Executivo diante de um tema tão importante.

“O próximo ano exigirá um Congresso vigilante para não haver retrocessos na economia como vem ameaçando o novo governo. Teremos a coragem para debater e tomar as medidas necessárias para que o país avance. Não podemos admitir um Congresso que faça adesão automática ao governo”, disse Rogério Marinho, fazendo referência à forma como o governo eleito tem conseguido a anuência dos congressistas para dar andamento a pautas que não foram debatidas de forma suficiente junto aos parlamentares e à população.

Acumulando a experiência como deputado federal e ex-ministro, Rogério relembrou que seu currículo acumula experiências em áreas pontuais na área econômica, especialmente na pauta das reformas da Previdência e trabalhista. Um dos temas considerados mais importantes pelos membros do Congresso e pelos especialistas na área econômica é a reforma tributária. O candidato à Presidência do Senado garantiu que, com a experiência que somou ao longo de sua vida pública, tem capacidade para comandar a discussão dentro do Senado Federal e priorizar a tramitação da matéria. “O Senado precisa retomar o protagonismo no debate dos grandes temas. Tive a honra de conduzir as reformas da previdência e trabalhista, que garantiram a modernização de normas e as condições para o País avançar. Como presidente do Senado, vamos fazer a Reforma Tributária”, garantiu Rogério Marinho. “Nossa candidatura é a favor do Brasil e representa uma parcela muito expressiva da população, que exige mudanças na postura do parlamento”.

O senador eleito pelo Rio Grande do Norte confirmou sua candidatura à Presidência do Senado na quarta-feira da semana passada. O PL, partido de Marinho, terá a maior bancada do Senado em 2023, com 14 parlamentares, seguido pelo PSD, de Rodrigo Pacheco, com 11.

Girão

Quem também anunciou que pretende disputar a Presidência do Senado foi o senador cearense Eduardo Girão, do Podemos. Sem o apoio declarado dos demais membros do Podemos, que terá seis senadores em 2023, o parlamentar disse que sua candidatura  tem o objetivo de colaborar com a discussão. Oposição ao presidente eleito Lula, o cearense admitiu que vê virtudes em Rogério Marinho, mas que sua candidatura não vai atrapalhar o bloco de oposição.

“Quanto mais candidatos tiverem, melhor para que se tenha mudança. Só vai ser eleito o presidente do Senado quando ele atingir uma maioria absoluta, que são 41 votos. E aí, num segundo turno, iremos nos unir”, disse Girão.

Até a tarde de ontem, parlamentares do Podemos não se manifestaram sobre a candidatura. O senador eleito Rogério Marinho também não comentou o anúncio de Girão, que ocorreu através das redes sociais, sozinho, no fim da semana passada.

Tribuna do Norte

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