
O ator e produtor cultural Rodrigo Bico afirmou nesta terça-feira (11) que sofre “perseguição de fascistas”. A manifestação acontece após uma ONG que ele preside ter sido citada no escândalo dos comitês de cultura revelado nas últimas semanas pelo jornal O Estado de S. Paulo (Estadão).
Em vídeo publicado nas redes sociais, Bico afirmou que não está envolvido em nenhum escândalo e declarou que tem a “consciência tranquila”.
“Hoje eu coordeno o Comitê de Cultura do RN, um plano de trabalho em colaboração com o Ministério da Cultura, executado de forma transparente via Transferegov. Eu tenho uma família com três filhos para sustentar, junto com minha companheira. Tenho dívidas e sofro para fechar as contas do mês na nossa casa. Eu estou sendo acusado com matérias com títulos sensacionalistas que não conseguem dizer o que eu fiz”, afirmou o produtor cultural.
Filiado ao PT, Rodrigo Bico é presidente da Associação Grupo de Teatro Facetas, Mutretas e Outras Histórias, que foi contratada pelo Ministério da Cultura em 2023 para coordenar o Comitê de Cultura do Rio Grande do Norte.
É mais um caso de ONG ligada a alguém do PT selecionada para a atividade. Reportagem do Estadão mostrou que a estrutura dos comitês de cultura, montados pelo País afora em 2023, têm beneficiado instituições de militantes petistas. A entidade de Rodrigo Bico vai receber, até o fim do programa, R$ 1,7 milhão.
Nesta segunda-feira (10), em mais um desdobramento do escândalo, o Estadão revelou áudios em que uma dirigente do PT – a secretária nacional de Mulheres do partido, Anne Moura – aparece pressionando o então coordenador do Comitê de Cultura do Amazonas Marcos Rodrigues a se engajar na campanha dela a vereadora de Manaus (AM). Na gravação, ela diz que os Comitês de Cultura deveriam ajudar candidatos do PT.
Segundo Anne Moura, a alta cúpula do Ministério da Cultura do Governo Lula teria dado aval para o uso político dos comitês, como retribuição pela atuação dos artistas antes da eleição do presidente Lula (PT).
Portal 98 FM
