
O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, reforçou pleitos importantes para a indústria potiguar ao vice-presidente da República e também ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, durante a reunião da diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na terça-feira (30). Os pontos abordados por Serquiz envolvem medidas para superar o aumento das tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
Durante o encontro, o presidente da FIERN ressaltou a necessidade de avanço do Projeto de Lei Complementar (PLP) 198, que visa reintegrar benefícios para os setores do sal e da pesca e que, apesar de ter sido rejeitada no Senado, ainda pode ser revertida na Câmara dos Deputados. “O vice-presidente se comprometeu com relação à atenção do Governo Federal na busca de incluir o sal e a pesca no PLP 198”, afirma.
Outro tema abordado foi a abertura de novos mercados internacionais para o setor da pesca. Alckmin informou que as negociações estão progredindo. “A reabertura de mercados no Reino Unido e na Europa estão caminhando bem e acreditamos que isso vai dar certo” afirmou Serquiz.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro da Indústria, Comércio e Serviços, se comprometeu em apoiar as pautas, especialmente diante dos desafios impostos pelo tarifaço. No último dia 10 de setembro, o presidente da FIERN e o vice-presidente se reuniram para debater demandas dos setores potiguares para compensação dos impactos e alternativas de solução para a medida do governo americano.
Alckmin destaca papel do setor produtivo e elogia missão da CNI a Washington
O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse na terça-feira (30), durante o encontro com dirigentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que a participação do setor privado tem sido muito importante para as negociações que buscam reverter o tarifaço aplicado pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras.
“Foi muito importante a ida da CNI e da delegação de empresários aos Estados Unidos. A Amcham e a US Chambers também têm ajudado, então essa parceria é muito importante para nos ajudar a resolver essa questão. Agradeci ao presidente Alban o empenho do setor privado brasileiro e americano para esclarecer ao governo dos Estados Unidos que não tem justificativa este tarifaço”, disse o ministro.
O presidente da CNI, Ricardo Alban, destacou a preocupação com a defesa comercial brasileira em um momento em que diversos países estão aplicando políticas protecionistas e se reposicionando globalmente. “A relação Brasil e Estados Unidos certamente ainda passará por vários processos de negociação, mas a defesa comercial se torna fundamental em função desse reposicionamento global”, disse o dirigente. Para Alban, a parceria do setor produtivo com o governo tem sido crucial para o enfrentamento do tarifaço.
“Se falamos tanto em complementariedade entre o setor público e o privado, eles têm e precisam se complementar para serem eficientes e mitigar os hiatos. Queremos transformar os desafios em oportunidades e chegarmos a discussões construtivas. A possibilidade do encontro entre os dois presidentes demostra a força dessa convergência”, disse Alban, referindo-se às possibilidades de negociações bilaterais relacionadas a datacenters, minerais críticos e terras raras e Combustível Sustentável de Aviação (SAF).
No início de setembro, a CNI coordenou uma missão empresarial a Washington, reunindo cerca de 130 empresários de diversos setores, além de encontros com autoridades do governo e do parlamento norte-americano. O objetivo foi contribuir para a abertura de canais de negociação e reforçar, com argumentos técnicos, as vantagens mútuas de uma parceria econômica mais equilibrada.
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