O Banco do Nordeste tem recursos para atender a demanda do setor do agronegócio, em todos os portes de clientes, no volume de R$ 8,3 bilhões, por meio do Plano Safra 2020/2021, o que representa um incremento de 6% em relação ao ano passado. A estimativa do BNB é investir R$ 264 milhões no Rio Grande do Norte. Com este montante, o Banco visa beneficiar 29,3 mil produtores rurais. O volume representa 3% do total de recursos disponíveis. No Plano Safra 2019/2020, o BNB aplicou no Estado potiguar R$ 255 milhões, que beneficiaram 28,8 mil produtores no campo.
Em live realizada na última quinta-feira (2), o BNB apresentou as novidades para o Plano Safra deste ano, além de lançar o aplicativo BNB Agro e os novos produtos de Custeio e Comercialização Digital, que irão facilitar o acesso dos produtores ao crédito rural. Na transmissão, o Banco do Nordeste anunciou que superou a meta estabelecida pelo Governo Federal para o Plano Safra 2019-2020 ao contratar R$ 8,1 bilhões, correspondente a 104,4% do esperado, com a formalização de 550,3 mil operações de crédito. Desse total, R$ 4,9 bilhões, foram contratadas no âmbito do agronegócio, incluindo custeio, investimento e comercialização, e mais R$ 3,2 bilhões foram aplicados por meio do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf).
“O Banco do Nordeste tem sido um grande parceiro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. E quando a gente vê as políticas que nos apresentou hoje, temos certeza de que conseguiremos alcançar nossos objetivos com o Plano Safra e promover o desenvolvimento do Nordeste de forma mais rápida. A gente vê a importância que o Banco dá aos produtores da Região, inclusive por meio de seu programa de microfinanças rural, o Agroamigo, que admiro muito” afirmou a ministra Tereza Cristina. Para ela, o FNE, “administrado de forma competente pelo BNB, reúne condições de financiamento muito favoráveis no tocante às taxas de juros e prazos. Isso revela sua importância em assegurar a continuidade do apoio necessário aos produtores rurais no enfrentamento de crises como a atual, decorrente da pandemia, assim como contribuir para a produção agrícola, que segue crescendo com elevado padrão tecnológico”.
O presidente do Banco do Nordeste, Romildo Rolim, endossou que a instituição tem uma política bem definida para o Agronegócio da Região. “Estamos sempre atentos de modo a fazer um trabalho cada vez mais eficiente, simplificando o acesso ao crédito, especialmente aos pequenos produtores. O agronegócio é muito importante no cumprimento da nossa missão de ser o Banco de desenvolvimento do Nordeste. Neste primeiro semestre, além de aplicarmos todo o orçamento previsto de R$ 18,4 bilhões, também ultrapassamos o montante de recursos do Plano Safra 2019/2020, que era de R$ 7,8 bilhões”, afirmou.
A prática de concessão de crédito adotada pelo BNB é bastante alinhada às diretrizes do Plano Safra 2020/2021, que prevê apoio à inovação, à sustentabilidade como fator de competitividade, apoio ao setor pesqueiro, à irrigação e à agricultura familiar, da qual o Banco detém 73% do market share em sua área de atuação. Com os R$ 8,3 bilhões que serão aplicados pelo Banco do Nordeste referentes ao Plano Safra 2020/2021, a instituição pretende beneficiar cerca de 580 mil produtores.
Ao todo, o Banco do Nordeste dispõe de um ativo para o segmento rural de R$ 26 bilhões, pulverizado em mais de 1,7 milhão de operações ativas. Destas, 99% destinadas ao atendimento de mini e pequenos produtores rurais, os quais receberam também 66% destes recursos disponibilizados pelo Banco.
Crédito rural
O Banco do Nordeste é líder do crédito rural em sua área de atuação – os nove estados da Região e o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo -, com participação média de 55,1% de todo o financiamento rural da região, mesmo que com apenas 8,3% das agências bancárias instaladas na mesma área de atuação. No Rio Grande do Norte, para o percentual de 11,1% da rede bancária, o BNB teve participação de 80,4% nos financiamentos rurais do Estado, enquanto no Piauí, com 12,3% das agências, o Banco alcançou 79,9% do crédito rural. No Ceará, atingiu 76,9% (com 9,8% das agências); na Paraíba, 73,8% (com 8,9% das agências; em Sergipe, 65,6% (com 8,8% das agências); e Pernambuco e Alagoas, 60,3% (respectivamente 7,4% e 9,7% das agências); no Maranhão, 53,3% (9% das agências); e na Bahia, 46,7% (6,7% das agências).
Tribuna do Norte