O decreto em vigência no Rio Grande do Norte que trata sobre as restrições para contenção da pandemia do novo coronavírus tem validade até a quarta-feira (12). Um novo texto será publicado e, para a Prefeitura do Natal, é preciso que haja uma flexibilização para eventos corporativos e bares e restaurantes. A afirmação foi do secretário de Turismo da capital, Fernando Fernandes, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News Natal.
O setor de Turismo, no entendimento do secretário, não suporta mais tempo de restrições. Na opinião de Fernando Fernandes, a queda no número de empregos no setor supera os 40% nas 52 atividades que compõem a cadeia, já que há autônomos que também tiveram queda significativa de renda com a pandemia. Por isso, o secretário acredita que é preciso se chegar a um consenso sobre o novo decreto.
“Fiquei triste com declaração do secretário de Saúde do Estado (Cipriano Maia) quando fala da necessidade de arrochar mais ainda (as restrições). A economia do estado e de Natal, consequentemente, não aguentam uma volta maior nesse parafuso. Esse parafuso vai acabar quebrando”, disse Fernando Fernandes.
Segundo o secretário, a proposta que deverá ser encaminhada pela Prefeitura na discussão para elaboração de novo decreto é manter o que havia no decreto passado, permitindo o funcionamento de escolas em todos os anos e liberando a venda e consumo de bebidas alcoólicas em bares e restaurantes, assim como ampliando o horário de funcionamento. Além disso, o secretário também quer ampliar um pouco a possibilidade de realização de eventos corporativos.
“Os demais (eventos), como festas de 15 anos, batizados, casamentos, que são mais calorosos, não. Sabemos que nesse momento não é bom para isso ainda”, disse.
De acordo com Fernando Fernandes, a postura do Governo do Estado durante as reuniões para edição de decretos é de intransigência e, apesar de serem levadas propostas dos municípios, ministérios públicos e setor produtivo, o Executivo estadual não cede.
“A dificuldade que existe com o Governo é que dialogamos muito e sempre o que se sobrepõe é aquilo que eles querem. Não há literalmente uma negociação. A relação pessoal é muito boa. O que questionamentos é a necessidade de quando esses decretos sejam colocados em prática, venham como uma negociação literalmente. Isso (falta de acordo) dói e atrapalha”, disse o secretário.
Tribuna do Norte