A indústria do Rio Grande do Norte continua como líder nacional em crescimento, apresentando um aumento de 40,2% se comparado ao mesmo mês do ano anterior. Em agosto passado, esse número foi de 49,8%. A média nacional para setembro de 2023 atingiu 0,6% de crescimento em comparação com setembro de 2022 e dez dos 18 locais pesquisados mostraram avanço no mesmo índice.
Além do Rio Grande do Norte, Pará e Espírito Santo também se destacaram como os estados com maior crescimento interanual da indústria com 14,5% e 14,2%, respectivamente. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM – PF), que produz indicadores de curto prazo relativos ao comportamento da indústria no Brasil e regionalmente.
No acumulado do ano, a indústria potiguar também apresentou o melhor resultado (17,1%), junto com outros oito locais pesquisados no indicador. Em agosto passado, essa variação foi de 14,3%. O segundo melhor resultado em setembro de 2023 foi do Espírito Santo (7,6%) seguido do Amazonas (5%). As quedas mais intensas foram registradas pelo Ceará (-7,6%) e pelo Rio Grande do Sul (-5,1%).
A Indústria de Transformação tem sido a responsável por alavancar os resultados da Indústria Geral fechando setembro com alta de 79,9% na comparação interanual e resultando em um acumulado no ano de 32,6%. Esses números mantém o Rio Grande do Norte em destaque nacional entre os locais pesquisados com as maiores variações em ambos os índices. As médias nacionais para a mesma seção industrial foram de – 0,8% na comparação mês/mesmo mês do ano anterior e –1,2% no acumulado do ano. Esse é o sexto mês consecutivo que o estado apresenta alta nas variações acumuladas do ano.
Fabricação de gasolina automotiva e óleo diesel
O setor de atividades de “Fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis”, inserido na Indústria de Transformação, segue sendo o principal responsável pela alta potiguar na seção industrial. O estado fechou setembro com alta de 111,1% na variação mês/mesmo mês do ano anterior e com 40,3% no acumulado do ano na avaliação do respectivo setor, permanecendo na primeira posição nacionalmente em ambos os índices. A média Brasil frente a setembro de 2022 foi de 11,3%, enquanto o crescimento acumulado do ano para o país atingiu 4,8%. Desde junho de 2023 o Rio Grande do Norte se destaca como o estado com os maiores crescimentos na comparação interanual.
Em “Fabricação de Produtos Alimentícios”, outra atividade pesquisada na Indústria de Transformação, o estado teve mais uma vez o maior acumulado do ano (16,3%), subindo da oitava posição na variação interanual verificada em agosto de 2023 (8,1%) para a quinta em setembro do mesmo ano (15,6%). Os índices médios brasileiros para o mesmo setor foram de 6,7% na comparação interanual e de 3,9% no acumulado do ano. Para o Nordeste esses índices foram de –1% e 5,1%, respectivamente.
Resultados positivos também na atividade de “Confecção de artigos de vestuários e acessórios” onde o estado continuou apresentando os maiores índices do setor entre todos estados pesquisados. Se comparado a setembro de 2022, o respectivo setor cresceu 25% resultando em um acumulado do ano de 9,7%. Nacionalmente, a média para o mesmo setor foi de –10% se comparado a setembro de 2022, gerando um acumulado do ano de –8,9%. Já para o Nordeste, estes índices fecharam setembro em –21,3% e –13,5%, respectivamente. O Rio Grande do Norte foi o único estado no país a ter variação positiva no índice.
Indústria extrativa do RN cai para última posição
A Indústria Extrativa continua sua série de resultados negativos, com quedas de 70,9% e 31,7% quando comparada com o mesmo mês do ano passado e no acumulado do ano, respectivamente. Esses resultados levaram o estado à maior queda do país em ambos os índices.
Sobre a Pesquisa
A PIM-PF é um tipo de pesquisa de empresas cuja população-alvo são as unidades locais das empresas inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) que tenham pelo menos um empregado e estejam envolvidas em atividades relacionadas às indústrias extrativas ou de transformação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas.
A base de dados utilizada é fornecida pela Pesquisa Industrial Anual (PIA-Empresa), também realizada pelo IBGE, e que investiga informações sobre as características estruturais básicas do segmento empresarial da atividade industrial no País. Um conjunto de produtos é escolhido por critérios técnicos de relevância, formando o que se denomina Lista de Produtos Selecionados (LPS), base do levantamento das informações. Escolhem-se também pelo critério de importância as unidades locais que os produzem e que serão pesquisadas. O critério geral adotado foi o de incluir as unidades locais que, juntas, respondam por pelo menos 70% da produção naquele local.