Em entrevista ao Jornal da Tropical, nesta terça-feira (23), o secretário estadual de Saúde, Cipriano Maia, falou sobre o processo de vacinação no Rio Grande do Norte. De acordo com ele, o estado pretende imunizar todas as pessoas dos grupos de risco até o mês de agosto. No entanto, a imunização coletiva ainda não tem previsão para acontecer.
“Esse horizonte ainda está distante. A imunidade coletiva pressupõe cobertura de, pelo menos, 70% da população. Está distante ainda. O que estamos perseguindo é vacionar os grupos prioritários até julho ou agosto, para que possamos ter uma proteção maior para esses grupos e diminuamos a demanda por serviços de saúde e poder avançar até o fim do ano para vacinar um contingente maior da população e aí assim alcançar essa imunidade de rebanho”, afirmou.
Para ajudar a controlar a demanda por leitos críticos e clínicos, Cipriano Maia voltou a defender as medidas básicas para conter o avanço da covid-19, como o distanciamento social, além do uso de máscaras e álcool em gel. “Por isso que mesmo com a imunização nós temos que manter os cuidados, o distanciamento social, principalmente nessa fase aguda que a gente vive para que possamos ter um alívio nessa demanda por serviços de saúde”, acrescentou.
De acordo com o secretário, o RN deve receber mais doses de vacinas nos próximos dias. Os imunizantes seriam suficientes para concluir a primeira fase dos grupos prioritários e iniciar a segunda etapa. “Nós esperamos que nas próximas semanas, não dá para concluir totalmente porque depende um pouco da velocidade dos municípios e da chegada desses grupos. A primeira fase ainda tem quilombolas, resíduos da população indígena e de profissionais da saúde. Creio que em 15 dias concluiria essa primeira fase e em seguida iniciando a segunda fase. Já temos a previsão de receber novas doses nos dias 24 e 31 de março”, pontuou.
Na entrevista, Maia explicou a diferença na quantidade de doses recebidas e o processo de vacinação entre o Rio Grande do Norte e outros estados. “Todas as vacinas que temos recebidos, temos distribuído com toda celeridade. Realmente, alguns estados receberam um plus em virtude da situação da pandemia e outros adotaram estratégias que aceleraram a vacinação dos grupos. Dava um dia ou dois para uma faixa e quem não aparecia já avançava para a seguinte, mesmo ficando pessoas não vacinadas. Nós temos distribuídos e os municípios têm adotado suas estratégias. Vamos discutir como compensar os estados que receberam menos doses para que temos uma saída para equalizar essa distribuição”, concluiu.
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