O Rio Grande do Norte pode ter subnotificação de vacinados por causa da demora de inclusão de dados no sistema. Potiguares imunizados contra a Covid têm relatado um atraso na inclusão dos dados da aplicação no RN+ Vacina, plataforma do governo do RN que monitora os números da imunização em todo o estado.
Os dados são inseridos no sistema pelos municípios, mas isso não tem ocorrido instantaneamente e por vezes tem levado dias e até meses.
Esse é o caso, por exemplo, de José Rogério Vilar de Queiroz, que recebeu a segunda dose da CoronaVac em 7 de abril, no Sesi, em Natal, e até hoje a aplicação não foi computada no sistema: são três meses de diferença.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Natal (SMS) não especificou exatamente quantos dias demora para que a informação de aplicação da dose seja inserida no sistema e disse que isso depende da quantidade de pessoas imunizadas diariamente – que variou até o momento de 300 a 12 mil.
A pasta justificou que as doses não são registradas na hora porque “na condução para implantação do RN+ Vacina foi dito que o Estado forneceria tablets para as prefeituras poderem otimizar a inserir em tempo real as doses aplicadas no sistema”.
Segundo a SMS, “esses tablets nunca chegaram (ao menos a Natal) e a prefeitura, mesmo não estando previsto no orçamento e sabendo da importância para inserir as doses no sistema fez uma licitação para compra de tablets de acordo com o orçamento”.
A nota diz ainda que “paralelo a isso, a SMS contratou uma equipe de digitalizadores para agilizar a inserção no sistema. Mesmo assim, devido ao grande número de pessoas que estão indo se vacinar, o que é o mais importante, há um atraso na inserção no sistema”.
A pasta citou ainda que existem erros de digitação ou duplicidade de dados e informou que há um campo no site Natal Vacina, na aba de “Perguntas Frequentes”, caso alguém como José Rogério perceba que os dados ainda não foram inseridos no RN+ Vacina.
O procedimento para alertar sobre a ausência de algumas vacina no sistema é:
Enviar um e-mail para: [email protected]
No corpo do e-mail deve constar: local de vacinação, nome completo, CPF, contato telefônico, data da vacinação, tipo da vacina, e anexar a foto do cartão de vacinação.
Um militar, que preferiu não se identificar, e que tomou a primeira dose da vacina da Pfizer no último dia 22 de junho, na UNP da Roberto Freire, também relatou que os seus dados só entraram no RN+ Vacina nesta quinta-feira (8), após 16 dias.
G1RN