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RN já vacinou metade dos policiais penais contra a covid-19

ATÉ ESTA SEGUNDA-FEIRA (7), MAIS DE 700 POLICIAIS FORAM IMUNIZADOS. FOTO: ASSECOM

A Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) contabilizou, até essa segunda-feira (7), a vacinação de 706 policiais penais do Rio Grande do Norte — o equivalente a 52% do efetivo imunizado contra a covid-19. A imunização dos agentes segue o Plano Nacional de Imunização (PNI), com a aplicação da vacina sob responsabilidade dos municípios.

A Seap tem 1.358 servidores ativos e 19 deles se recusaram a receber o imunizante. Nesta terça-feira (8), a Secretaria registra quatro casos positivos entre os servidores e dois entre os internos. No País, apenas 10% da população foi vacinada com as duas doses e 23% com a primeira aplicação do imunizante.

A vacinação das forças de segurança pública teve início no dia 7 de abril. A vacina é distribuída de forma proporcional e escalonada para os servidores da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Instituto Técnico-científico de Perícia (ITEP), Polícia Penal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal Federal, Defesa Civil, Forças Armadas, agentes públicos das guardas municipais e de trânsito.

Seguindo os critérios elaborados por nota técnica da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), em consonância com as orientações do Ministério da Saúde, a Seap está priorizando os profissionais em unidades mais expostas à covid-19. É o caso dos policiais penais que fazem escolta de presos para audiências judiciais, transferências entre unidades e atendimento hospitalar, além daqueles servidores que trabalham na custódia em hospitais como o Giselda Trigueiro, Monsenhor Walfredo Gurgel e Tarcísio Maia.

Seguindo esse critério, todos os policiais do Grupo de Escolta Penal (GEP), da capital e interior, do Grupo de Operações Especiais (GOE) e da Central de Recebimento e Triagem (CRT), em Parnamirim, já foram vacinados. A CRT é a porta de entrada dos novos internos na Grande Natal. O mesmo acontece na Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim, local de custódia de novos presos que chegam ao sistema prisional, onde doses do imunizante foram disponibilizadas para todos os servidores. Essas unidades tem alto fluxo de entrada de internos, diferente dos estabelecimentos com presos já condenados pela Justiça, sendo mais suscetíveis a pandemia do novo Coronavírus.

A policial penal Hindiane Saiures, ponto focal em Saúde Prisional da Seap, explica que a pasta mantém um esforço contínuo para que a vacina chegue da forma mais equânime possível aos servidores. “Esperamos que em breve todos os colegas tenham recebido a oportunidade da imunização. Destaco que a adesão à Campanha é essencial para a redução de casos de internações e quadros graves da doença, entretanto, não custa destacar que o uso contínuo de EPI’s e de técnicas de higienização contínua imprescindível, mesmo aos já imunizados. Só com a colaboração de todos, venceremos esse vírus”, destaca.

Todas as 17 unidades prisionais da Seap estão com as visitas presenciais aos presos suspensas. O motivo é a taxa de ocupação dos leitos de UTI acima de 80% nos municípios onde os estabelecimentos penais estão localizados. A Seap implementou uma série de medidas para prevenir e combater o novo coronavírus ainda em março de 2020. Através do Comitê de Crise da Seap, além de isolar o contato externo nos presídios, foram criados protocolos para uso de equipamentos de proteção, higienização de celas e ambientes de uso comum, reforço na alimentação e acompanhamento das equipes de saúde prisional.

A Administração Penitenciária registrou três óbitos entre os servidores, todos ocorridos neste ano de 2021. Uma das vítimas contraiu a doença afastada das funções. Não existe registro de óbito entre os internos. Foram registrados 320 casos de policiais penais infectados e curados, e 692 entre os detentos no acumulado dos últimos 15 meses, quando o Comitê de Crise da Seap passou a registrar os números da pandemia diariamente. A população carcerária do RN é de mais de 11 mil presos. A vacinação das pessoas privadas de liberdade consideradas do grupo de risco fica a cargo dos municípios, através das equipes de saúde prisional instaladas nas unidades prisionais. Trinta e dois internos foram vacinados seguindo esses critérios. Os municípios são os responsáveis pela logística e execução da vacinação.

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