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“RN ficará ingovernável sem reforma da previdência”, alerta governadora Fátima Bezerra

FÁTIMA BEZERRA (PT) ENVIOU DOCUMENTO DE 59 PÁGINAS, MAS NÃO COMPARECEU PARA LEITURA DA MENSAGEM NA SESSÃO DE ABERTURA DO ANO LEGISLATIVO. FOTO: DIVULGAÇÃO/ASSECOM

Na mensagem enviada à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte nesta segunda-feira (3), a governadora Fátima Bezerra (PT) afirmou que o primeiro ano de mandato foi de “sacrifícios e reconstrução” e defendeu, entre outras medidas, a reforma da previdência estadual, proposta pelo Executivo.

“Este é um passo do qual não poderemos nos eximir. Com o desfecho desse cenário em plano nacional , os Estados ficaram obrigados a realizar suas reformas até 31 de julho de 2020, sob pena de receberem sanções (…) Os Estados ficam, pois, obrigados a mostrar que não têm déficit ou que adotaram medidas para saná-lo ao longo do tempo. Caso isso não ocorra, ficarão impedidos de receber transferências de recursos federais como empréstimos, convênios, entre outros. Ou seja, o Estado que não realizar reforma ficará ingovernável”, disse.

Como anunciado, a governadora não compareceu para a leitura da mensagem anual na sessão que abriu o ano legislativo de 2020 – o que é uma praxe. Fátima afirmou que não iria para o evento para evitar o acirramento da discussão com os servidores, que fizeram uma manifestação em frente ao Legislativo.

Porém, como a Constituição do Estado determina pelo menos o envio do texto, a chefe do Executivo foi representada pelo secretário Raimundo Alves, da Casa Civil. O documento tem 59 páginas e é dividido entre pautas econômicas, de gestão, combate a corrupção, transparência, entre outros.

Sem a presença da governadora, a sessão de abertura das atividades legislativas em 2020 durou pouco mais de cinco minutos e contou com a presença de apenas 10 dos 24 parlamentares estaduais.

De acordo com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), o governo informou que pretende enviar o projeto para o Legislativo até a próxima semana. “Não tenho como comentar um projeto que ainda não chegou”, afirmou, questionado sobre o seu posicionamento quanto à reforma.

G1RN

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