Rússia e Ucrânia tiveram relações econômicas diretas com o Rio Grande do Norte nos últimos anos, segundo levantamento feito pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) a pedido do g1 RN.
Ao longo de 2020 e 2021, o estado exportou e importou produtos dos dois países do Leste europeu que entraram em guerra nesta quinta-feira (24), após invasão russa ao vizinho.
No entanto, a venda de produtos potiguares aos dois países em conflito representaram menos de 1% das exportações e pouco mais de 1% das importações do estado em 2021.
Na opinião de empresários como Luiz Roberto Barcelos, que é um dos maiores exportadores de frutas frescas do RN, pelo menos a princípio, a guerra não deverá trazer impactos econômicos para esse setor.
“O volume que a gente exporta para a Rússia é pouco, menos de 1% do que a gente manda para a Europa. Isso a gente acaba transferindo para outros mercados. Agora, se houver uma guerra envolvendo os países da Europa ocidental, vira um cenário preocupante”, diz o empresário.
De acordo com o relatório da Fiern, as exportações do Rio Grande do Norte para a Rússia foram basicamente de frutas, principalmente a melancia. Em 2020 e 2021, no entanto, as compras russas aos empresários potiguares representam apenas 0,4% das exportações.
Por outro lado, o estado importa trigo, composto de adubo e fertilizantes minerais e químicos russos. Somente o trigo foi responsável por cerca de 80% dessas importações potiguares àquele país. Apesar disso, as compras do RN à Rússia representaram apenas 1,1% do total das importações potiguares.
Ao todo, em 2021, as exportações potiguares para o país foram de US$ 2.013.547 e as importações somaram US$ 3.718.469,00.
Ucrânia
Já as relações do RN com a Ucrânia são ainda menores. Em 2021, o estado importou do país 489 toneladas de policloreto de vinila (PVC), que representaram cerca de US$ 719 mil – 0,2% das importações potiguares.
Entre 2020 e 2021, o RN não registrou exportações relevantes do RN para a Ucrânia – apenas US$ 73 mil dólares em castanhas de caju em 2020.
Com informações do G1RN