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RN está entre estados sob alerta para ‘onda de calor‘

FOTO: ILUSTRAÇÃO

A onda de calor intenso que persiste em algumas regiões do Brasil fez o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitir um alerta vermelho para cidades de Centro-Oeste, Sudeste e Tocantins. O sinal de atenção para grande perigo deve durar até a próxima sexta-feira e o risco potencial, segundo a instituição, é de morte por hipertermia.

Ontem também foi criado o alerta de perigo para baixa umidade relativa do ar, que varia entre 20% e 12%. Há risco de incêndios florestais nas áreas afetadas e à saúde, como ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz. Esse alerta foi emitido para os seguintes Estados: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins.

Entende-se por hipertermia a elevação da temperatura corporal central acima de 40ºC, embora um aumento superior a 37ºC já cause sinais de desconforto. Essa condição pode ocorrer quando o corpo produz (no caso de febre) ou absorve mais calor do que consegue eliminar para o ambiente, o que pode levar a alterações no estado mental, comprometimento de órgãos e risco de morte.

Os sintomas mais comuns são mudanças no estado mental, fadiga, náuseas, vômitos e perda de consciência. O recomendado é manter a hidratação constante das vias aéreas, ingerir bastante água, não ficar exposto ao sol no período mais crítico, entre 10 e 16 horas, além de evitar a prática de atividade física. Exercícios intensos também podem levar ao que se conhece por hipertermia induzida por esforço. Em casos mais graves, a condição é uma emergência médica que precisa de tratamento imediato.

Segundo o Inmet, o alerta em grau máximo (grande perigo) foi necessário porque as temperaturas nas regiões afetadas estão 5ºC acima da média por mais de cinco dias. Quando o alerta é de perigo, isso significa que a temperatura ficou 5ºC acima da média de três a cinco dias. A instituição orienta que as pessoas busquem instruções sobre a situação com a Defesa Civil (telefone 199).

No Estado de São Paulo, o órgão emitiu um alerta de calor intenso ao longo desta semana, com sensação térmica que pode variar entre 40°C e 45°C. Há risco de desidratação e doenças respiratórias. A partir de quinta-feira, poderão ocorrer pancadas de chuva forte, com possível queda de granizo, em pontos isolados.

Recordes

Na semana passada, a cidade de São Paulo bateu recorde de calor, com três dias seguidos acima de 37ºC. No fim de semana, houve trégua e a temperatura foi de até 26°C.

A capital paulista já voltou a registrar alta nos termômetros esta semana e ontem teve a quinta maior máxima para um mês de outubro, superando 35,9ºC. Segundo o Inmet, “os ventos com movimentos de cima para baixo em níveis médios até a superfície provocam tempo quente com máximas acima dos 40°C e baixa umidade”.

No município do Rio de Janeiro, o recorde de temperatura dos últimos seis anos foi registrado na sexta-feira passada, com 43,6ºC, de acordo como sistema Alerta Rio, da prefeitura. Na ocasião, o Inmet relatou recorde de calor apenas para este ano. A máxima anterior de 2020 foi 40,5ºC em 27 de setembro.

Em alguns estados, nesta semana, a baixa umidade do ar também favorece o aparecimento de problemas oculares, alergias e desidratação, sendo um sério risco, principalmente para crianças e idosos. A orientação é aumentar a ingestão de líquidos, frutas e vegetais; manter olhos e vias nasais hidratados.

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