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RN conquista primeiro Selo de Inspeção Federal para mel de abelhas-sem-ferrão, permitindo venda em todo o Brasil

FOTO: REPRODUÇÃO

O Rio Grande do Norte alcançou um marco histórico na cadeia do mel. Pela primeira vez, uma agroindústria de mel de abelhas-sem-ferrão recebeu o Selo de Inspeção Federal (SIF), concedido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). A certificação autoriza a produção e a comercialização de mel e derivados em todo o território nacional.

As agroindústrias contempladas foram a Associação de Jovens Agroecologistas Amigos do Cabeço (JOCA), de Jandaíra, e a Cooperativa Potiguar de Produção Agropecuária (COOPA), de Nísia Floresta. A JOCA se tornou a primeira agroindústria do estado a obter o selo para o mel de abelhas-sem-ferrão. Já a COOPA recebeu a certificação para o mel de abelha Ápis (com ferrão), produto que já possui histórico de inspeção federal no Brasil, mas que agora ganha ainda mais representatividade com a inclusão da cooperativa potiguar.

Para Francisco Melo, meliponicultor e fundador da JOCA, o SIF representa muito mais do que um selo estampado na embalagem.

“É a validação do mel de abelhas nativas da Caatinga, produzido com tanto cuidado e respeito à biodiversidade. O SIF é um divisor de águas para a nossa trajetória. Até aqui, comercializávamos em mercados limitados, mas agora temos a garantia legal e sanitária para levar nosso mel a todo o Brasil e até exportar. Esse selo mostra que os pequenos agricultores e meliponicultores podem, sim, alcançar padrões de excelência sem perder o vínculo com a cultura e o território”, destaca Francisco, que também é técnico em agroecologia e empreendedor social da Ybi-ira.

Lorene Barbosa, presidente da Associação JOCA, reforça que a certificação é fruto de uma luta de anos. “Agora os meliponicultores associados terão maior segurança jurídica, acesso a novos mercados e a possibilidade de firmar parcerias institucionais e comerciais em escala nacional e internacional. Para o consumidor, é a certeza de um produto seguro, de qualidade e com rastreabilidade, fruto de uma cadeia produtiva comprometida com a conservação da Caatinga e com a geração de impacto social positivo.”

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