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Rio Grande do Norte ganha primeiras salas de aula no formato Google; os espaços descontraídos fazem uso da tecnologia para favorecer a aprendizagem

AS NOVAS SALAS FUNCIONAM NO COMPLEXO EDUCACIONAL CONTEMPORÂNEO, NOS BAIRROS DE CIDADE VERDE E DE LAGOA NOVA 

Espalhados sobre almofadas, bancos coloridos e até cubos mágicos gigantes, os alunos têm olhos atentos às telas – da televisão, dos computadores e dos tablets. Na roda de conversa, mal dá para ver quem é o professor. Parece recreio, mas é hora de estudo. Tratam-se das aulas inaugurais das primeiras salas de aula no formato Google do Rio Grande do Norte, cuja abertura oficial se deu esta semana, em Natal.

As novas salas funcionam no Complexo Educacional Contemporâneo, nos bairros de Cidade Verde e de Lagoa Nova. O projeto é saldo de uma parceria estabelecida entre a escola e o Google for Education, ferramenta educacional já presente em 190 países que favorece a aprendizagem, dentro e fora da sala de aula. Nos espaços altamente conectados, uma dinâmica descontraída é proposta para estimular os estudos.

“Enxergamos o potencial de aprendizagem nesse ambiente diferente para o ensino. Mais importante que o uso de tecnologia, é a construção de um novo conceito de interação entre professores e estudantes, sem carteiras enfileiradas”, explica Irany Xavier de Andrade, diretora da escola, que acredita na capacidade do espaço de tornar temas ainda tidos como complexos em fáceis e acessíveis.

Considerada um bicho de sete cabeças por muitos alunos, a matemática deve obter vantagens com a novidade. Para o professor Roberto Sérgio, a sala no formato Google pode aproximá-los da disciplina. “Podemos usar projeções multimídia, mapas virtuais, videoconferências e trabalhos coletivos, utilizando softwares de edição compartilhada de exercícios. Tudo para tornar os conteúdos mais atrativos”, justifica ele.

O espaço sem carteiras ou lousas oferta aulas em sistema de rodízio para turmas dos ensinos Fundamental e Médio. O uso das salas depende do professor e do tipo de aula, porém, vai ocorrer em diferentes disciplinas, para que todos possam recorrer aos meios que a novidade oferece. Nos intervalos, o acesso ao local é livre.

A adesão do Contemporâneo ao Google for Education aconteceu ainda no ano passado, quando a ferramenta começou a permitir a extensão da sala de aula na internet, dentro e fora da escola. “Todo o conteúdo inserido na sua plataforma digital ganha total disponibilidade de acesso, com armazenamento ilimitado nas nuvens, tornando o conteúdo disponível antes mesmo que a aula aconteça”, acrescenta Irany sobre a ferramenta que originou as salas aprovadas pelos estudantes.

Júlio César Lima Costa, de 15 anos, foi um dos que gostaram da novidade, classificada por ele como “inovadora e eficiente”. “As escolas não podem ignorar que a tecnologia está aí, à disposição dos jovens. Ao invés de levarmos a internet para a aula, por que não levarmos a aula para a internet?”, questiona o adolescente, que cursa o 1º ano do Ensino Médio. O colega Fabiano Augusto Vieira de Sales Vila, da mesma série, completa: “tivemos só as primeiras aulas, mas já deu para perceber que serão as mais aguardadas da semana”.

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