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Ribeira antiga: Tombado como patrimônio histórico, cabaré Arpege, que teria sido “visitado” por Franklin Roosevelt e Getúlio Vargas, prossegue sem revitalização

CABARÉ ARPEGE QUANDO AINDA ESTAVA INTEIROCABARÉ ARPEGE QUANDO AINDA ESTAVA INTEIRO. FOTO: ZÉ PAULO CARDEAL

Arpege foi uma boate/cabaré que existiu até a década de 1990, ficava na Rua Chile, na esquina com a Travessa Venezuela. Assim como o Maria Boa, ele foi o espaço bastante conhecido pela boêmia potiguar. Hoje, o prédio está completamente destruído, os pavimentos superiores foram derrubados com a falta de reparos. Agora, nós vamos contar a história deste patrimônio da cidade.

O prédio foi construído no século XX por um família de alemães, tendo inicialmente funcionando como um armazém para depósito chamado “Secos e Molhados”.  Em 1941, o empresário Nestor Galhardo adquire parte da edificação, tendo o intuito de instalar sua própria gráfica, ocupando apenas o pavimento térreo.

De acordo com a dissertação de mestrado de Gilmar Siqueira, a Segunda Guerra Mundial, Galhardo decidiu abrir um cabaré no pavimento superior, que seria administrado por sua amante e cuja entrada era feita através da Travessa Venezuela. O nome oficial do prédio é Edifício Galhardo.

Reza a lenda que os presidentes Franklin Roosevelt (EUA) e Getúlio Vargas quando visitaram a capital potiguar, em 1941, teriam passado no cabaré.

Após a morte do seu proprietário, o  Nestor Galhardo Neto assume a administração dos negócios contidos no imóvel. Durante algum tempo, a gráfica permaneceu em atividade e, após alguns problemas ocasionados a gráfica ficou fechada.

O local serviu como cenário para dois filmes, o “For All- Trampolim da Vitória” e “O Homem que Desafiou o Diabo”.

No ano de 2005, o imóvel é adquirido pela empresária carioca Paula Homburger, que acreditou no projeto de revitalização da Ribeira. A intenção era construir um restaurante no local onde por muitos anos funcionou o cabaré, porém a ideia não deu certo por diversas razões.

Em 2008, parte da estrutura do cabaré da Arpege é destruída com as fortes chuvas na cidade, chegando a ser interditado pelo Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte . No ano de 2010, o prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas nenhum plano de revitalização ou reforma existe.

Com informações do site Brechando

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