Continua repercutido negativamente, inclusive entre os seus apoiadores, a iniciativa do presidente Jair Bolsonaro que nesta terça-feira, dia 5, postou um vídeo com conteúdo pornográfico em sua conta no Twitter. A cena mostra homens dançando em cima de um ponto de táxi em um bloco de rua no carnaval paulistano. Um deles coloca o dedo no ânus e se abaixa para o outro urinar nele. Posteriormente, a visualização do vídeo foi restringida, com alerta de conteúdo sensível, mas segue disponível. A conta de Bolsonaro tem 3,45 milhões de seguidores.
O presidente tuitou: “Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas conslusões (sic)”, escreveu o presidente. A polêmica cena foi gravada no desfile do Blocu, em São Paulo, na segunda-feira (4).
Inicialmente, o vídeo era exibido automaticamente a quem acessasse a conta. Foi só algumas horas depois que a sequência passou a ter a visualização restrita: em vez do vídeo, a rede social exibe um alerta de que a mídia pode conter material sensível. A sequência, desde então, só é exibida caso o usuário clique em “ver”.
A postagem foi criticada tanto por apoiadores como por críticos de Bolsonaro, que usa o Twitter intensamente para anunciar medidas do governo e se comunicar com a população.
O G1 procurou o Twitter para saber se a visualização foi restringida por ele ou pela própria rede social. Mas até as 8h a rede social não havia se manifestado. O Palácio do Planalto também foi procurado, mas não se manifestou até a publicação desta reportagem.
As regras do Twitter permitem a publicação de conteúdo adulto. A rede, entretanto, orienta os usuários a marcarem esses vídeos como conteúdo sensível.
Quando isso não é feito, usuários podem denunciar os conteúdos que julgam inadequados. A rede, então, inclui o alerta de conteúdo sensível. O vídeo pode ser excluído caso as pessoas gravadas não tenham dado autorização.