Prestes a completar um ano e meio de seu terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um momento desafiador na opinião pública, aproximando-se da rejeição pela maioria do eleitorado. De acordo com levantamento divulgado nesta sexta-feira, 24, pelo instituto Paraná Pesquisas, o governo do petista possui 46,2% de aprovação e 49,6% de reprovação pelos brasileiros.
A pesquisa confirma a tendência recente de queda na popularidade de Lula, verificada desde o final do ano passado. Em agosto de 2023, o mesmo instituto apontava que 54,3% dos eleitores aprovavam e 40,1% reprovavam o governo atual. O percentual do eleitorado que classifica a gestão como “ótima” caiu de 15,9% para 10,6%, enquanto aqueles que consideram a administração federal “péssima” subiram de 23,7% para 31,3% nestes oito meses.
Melhor avaliação foi observada entre os eleitores de 16 a 24 anos (59,8%), moradores da região Nordeste (56,9%) e brasileiros que têm até o ensino fundamental (56,5%). As maiores reprovações ocorreram entre os evangélicos (62,8%), moradores da região Sul (60,3%) e eleitores com ensino superior (59,2%).
Além da avaliação geral, a pesquisa abordou as percepções dos eleitores sobre ações do governo federal que beneficiam a população e sobre os erros cometidos pela gestão Lula. Apenas 29,4% dos entrevistados conseguiram citar alguma medida federal positiva desde janeiro de 2023, enquanto 46,6% foram capazes de mencionar algum erro cometido pelo Planalto.
Entre os pontos bem avaliados pelo eleitorado estão os investimentos no Bolsa Família (7,9%), na educação pública (6,4%) e no programa Minha Casa, Minha Vida (4,4%). Já entre as ações insatisfatórias mais citadas estão o aumento ou reajuste de impostos (6,2%), a falha no controle da inflação (4,4%) e o fracasso no combate à corrupção (4,3%).
A pesquisa do instituto Paraná Pesquisas entrevistou 2.020 eleitores em 160 municípios distribuídos pelos 26 estados e pelo Distrito Federal, entre os dias 27 de abril e 1º de maio de 2024. O grau de confiança da pesquisa é de 95%, com margem de erro estimada em 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
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