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Refletores da Fama

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ALVOROÇO

Foi apenas isso. Um alvoroço nacional. A julgar pelos colunistas e o noticiário da televisão, neste domingo de Pascoa, o Brasil – para o bem ou para o mal – estaria vivendo sob outro regime. O alvoroço começou quando Bolsonaro demitiu o Ministro da Defesa e os três comandantes militares.

A CRISE MILITAR

Como foi antecipado aqui, crise militar é resolvida pelos militares. Tem sido assim no Brasil – e não seria agora que iria ser diferente. A crise, classificada como a mais séria desde a de 1977, terminou antes que a semana terminasse.

DOIS GOLPES

Nesses dias em que o Brasil viveu de cabeça para baixo por causa de seis demissões, feitas no mais estrondoso dos rompantes do Capitão houve informações ou especulações que estávamos à beira de dois golpes de Estado. Será que um só não bastava assustar o nosso já assustador dia-a-dia?

O PRIMEIRO

O primeiro seria o Exército assumir o lugar do Capitão e colocar um General no lugar dele. Até a proximidade do dia 31 de março tocava fogo na imaginação (ou vontade?) dos golpistas fardados. Porém, como o 31 de março de 2021 era completamente diferente do 31 de março de 1964, qualquer analista, que não estivesse em um dos lados, sabia que tal hipótese não existiria. Até porque, como assegura a Constituição, o Presidente da República, mesmo sendo capitão, é Comandante Supremo das Forças Armadas.

O SEGUNDO

O outro, mais assustador, inclusive para o Supremo Tribunal Federal e o Congresso, seria o falado autogolpe do Presidente Jair Bolsonaro. Uma reedição do que fez Getúlio e Brizolla chegou a anunciar no comício de 13 de março em relação a Jango. Hoje, uma impossibilidade histórica, antecipada pelo próprio vice-presidente, que é general: “Não haverá ruptura Constitucional” – para decepção do Jornal Nacional e de parte das locutoras e comentaristas da Bandnews.

A CARTA

Logo que voltou ao palanque eleitoral de 2022, Lula mandou uma carta para o presidente da China, em que, entre outras coisas, relembra as excelentes relações entre os dois países nos oito anos em que foi Presidente. Dilma também assinou. A resposta da carta ainda não saiu de Pequim.

À ESPERA DA PROMESSA

O novo Ministro da Saúde acendeu as luzes do arco-íris para os brasileiros ao prometer vacinar 1 milhão de pessoas por dia em abril. Chegamos ao 5 dia de abril e o prometido não saiu do papel. Prometer é sempre mais fácil do que fazer.

ORDEM E CONTRA-ORDEM

Foi o Supremo Tribunal Federal que deu plena autonomia aos Estados e Prefeituras em relação a pandemia. Neste final de semana, contrariando decisões locais, Kassio Nunes ordenou a celebração de cultos e missas, contribuindo para o aumento do triste recorde brasileiro de mortes diárias. Ele falou em nome de Deus ou dos interesses do bilionário negócio da Fé?

MUDANÇA DO LOCAL

Havia dito que iria se vacinar em Cuba, onde tinha contraído Covid na viagem para participar de um documentário. De volta ao palanque eleitoral, Lula apareceu na televisão sendo vacinado em São Bernardo. Um bajulador fez questão de revelar que a vacina era a chinesa – aquela que João Doria insisti em vender na TV como a “vacina de São Paulo”.

PRIVILÉGIO DIVINO

Quem teve a paciência de assistir a entrevista de Lula ao ex-adversário jornalístico Reynaldo Azevedo, transmitida integralmente pela Bandnews, e que durou 1 hora e 15 minutos, reencontrou o Lula de sempre. Um inspirado malabarista da palavra: “Eu sou guiado pelo dedo de Deus”.

É GRANDE A DISTANCIA ENTRE O SINAL AMARELO E O VERMELHO

Já que o Exército não vai tirar o Capitão do Palácio do Planalto, as baterias da expulsão estão voltadas para o Congresso. A despeito da ameaça do “sinal amarelo” feita pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, a possibilidade do sinal vermelho é tão remota que FHC não acredita nela – nem, também, Delfim Neto.

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