A IMAGEM DO POLÍTICO NA TELEVISÃO
Existe uma curiosa semelhança entre o ator de cinema (ou de novelas) e o político. Ambos representam um papel e projetam uma imagem pública. No cinema, há uma diferença entre o astro e o ator. Para alcançar o status de astro é preciso possuir o magnetismo pessoal que faz com quer o público vá ver o filme por causa do ator. O carisma fílmico geralmente está associado à beleza física, mas, para se obter o reconhecimento artístico, não é necessário ser um novo Tyrone Power ou um novo Alain Delon.
Pode ser o que um Charles Laughton foi – mas ele não exercerá sobre o público feminino a atração de um novo Rock Hudson
Entre os protagonistas da ribalta política ocorre à mesma coisa, e, com o advento do palanque eletrônico, a proximidade entre o ator e o político (ou o papel que está representando como candidato) foi ampliada pelo olho da câmara. Na época das campanhas radiofônicas, a voz era a matéria prima com a qual o candidato transmitia a argumentação política. Com o advento da televisão, além da verbalização, o candidato passou a ser beneficiado ou prejudicado na corporificação da imagem.
Além do fator beleza, que por si só não será suficiente para assegurar a vitória, existe algo mais determinante aos olhos do telespectador-eleitor. É a questão da simpatia ou da antipatia, que, aliás, se vê com frequência no relacionamento das pessoas. É ilusório acreditar que basta afivelar o sorriso para virar um candidato simpático. É indispensável, sorrindo ou não, passar credibilidade pessoal, começando por não prometer o céu e a terra.
O povo está cansando das promessas não cumpridas.
JÁ FOI DITO
“Digo com a maior sinceridade: se Fernando Henrique tivesse me dito que era favorável à reeleição, eu teria escolhido outro candidato”. (Itamar Franco: 1996).
É CEDO PARA SORRIR OU CHORAR
Pesquisa do Ibope registrou uma vantagem de cinco pontos de CELSO RUSSOMANNO sobre BRUNO COVAS, que concorre à reeleição em São Paulo. O terceiro mais votado: Branco/Nulo: 20%.
Os dois coadjuvantes da pesquisa: Guilherme Boulos (PSOL), 8%, e Márcio França (PSB), 7%.
Previsão hoje: 100% de incerteza sobre quem vencerá?
ADEUS, REELEIÇÃO
Somente se houver um milagre – e como Bispo evangélico ele acredita em milagres em eleições – MARCELO CRIVELLA continuará como prefeito do Rio de Janeiro. Na pesquisa feita pelo Ibope aparece com apenas 12% das intenções de votos, contra 27% de EDUARDO PAES, ex-prefeito do RJ.
Mas o candidato do DEM está perdendo para um adversário invisível: Branco/Nulo – 28%.
ANTES E DEPOIS – “Governo (no Brasil) é como violino. Você o toma pela esquerda e toca com a direita” (José Sarney, ex-presidente, em 1995).
QUEM? – Os negros são contra, os imigrantes, os mexicanos, os intelectuais, a esquerda, os progressistas, os colunistas políticos, o The New York Times. Os ex-presidentes Obama e Clinton. Fora dos EUA, a fila é enorme: Maduro, Lula, Miriam Leitão, etc. Entre as nações, a China, é claro, vem em primeiro lugar.
Afinal, quem é a favor de Donald Trump?
AINDA ASSIM… Apesar da vantagem de Joe Biden, a nível nacional e em todas as pesquisas, quem conhece o sistema eleitoral sabe que sua vitória ainda não está 100% assegurada.
Não está porque Biden terá de vencer nos seis Estados onde Hillary Clinton perdeu em 2016: Flórida, Texas, Ohio, Pensilvânia, Iowa e Carolina do Norte.
É aí que mora o perigo. Por enquanto, o pêndulo pende ligeiramente para o candidato Democrata apenas na Flórida (47,8 contra 45,6% ), Ohio (47% contra 46,6%) e Carolina do Norte (46,9% contra 45,5% ). Está empatado no Texas (48% x 48%) e perde em Iowa (45,7% x 46,1%). TRUMP – O vilão que escapou do vírus chinês e ainda não foi morto pelo herói da eleição.