A procuradora-geral da República, Raquel Dodge,enviou nesta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal ( STF ) as alegações finais da ação penal sobre os R$ 51 milhões encontrados em um apartamento atribuído ao ex-ministro Geddel Vieira Lima em Salvador. Raquel Dodge quer que Geddel seja condenado a 80 anos de prisão.
Para o deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), irmão de Geddel, a procuradora-geral pediu um a pena de 48 anos e seis meses. Já para o empresário Luiz Fernando Machado Costa Silva a pena sugerida foi de 26 anos de prisão.
Raquel Dodge pediu que seja decretado o perdão judicial a Job Ribeiro Brandão, ex-assessor da família Vieira Lima, devido à colaboração dele com a Justiça.
Nas alegações finais, a procuradora-geral também defende que Geddel continue preso preventivamente, alegando que ele mesmo que ele vá para a prisão domiciliar não há a garantia de que não cometerá mais crimes, além do risco de fuga.
“Geddel Quadros Vieira Lima já deu mostras suficientes do que, em liberdade, é capaz de fazer para colocar em risco a ordem pública e vulnerar a aplicação da lei penal: tentou impedir a colaboração premiada de Lúcio Bolonha Funaro; no gozo de prisão domiciliar, manteve ocultos os R$ 51 milhões; manteve secretários parlamentares trabalhando como empregados domésticos (peculato); mandou destruir provas contidas em anotações, agendas e documentos etc”, escreveu.
A mãe dos irmãos Vieira Lima, Marluce Vieira Lima, também era ré na mesma ação, mas o relator, Edson Fachin, enviou a parte referente a ela para a 10ª Vara Federal de Brasília em novembro.
O Globo