O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, volta a dizer nesta quinta-feira (23/12) que não há pressa para imunizar crianças contra a Covid-19.
Segundo o cardiologista, as mortes deste público por Covid são baixas, por isso, não exigem “decisões emergenciais”.
“Os óbitos de crianças estão absolutamente dentro de um patamar que não implica em decisões emergenciais. Ou seja, isso favorece para que o ministério possa tomar uma decisão baseada na evidência científica de qualidade, na questão da segurança, na questão da eficácia e da efetividade”, afirmou.
De acordo com o ministro, há “conflitos de interesse” relacionados à liberação da aplicação da vacina da Pfizer/BionTech em crianças de 5 a 11 anos.
Durante conversa com a imprensa, Queiroga voltou a falar que a decisão final sobre a imunização infantil compete ao ministério.
“O lugar de se debater isso aqui com especialistas é em uma audiência pública no Ministério da Saúde. Até porque, todos que sentam na cadeira tem que declinar os seus conflitos de interesse. Porque há conflitos de interesse e que ninguém há de desconhecer esses fatos”, afirmou o ministro.
Nesta quinta, o governo federal deu início à consulta pública para discutir a vacinação de crianças. A consulta ficará disponível até o dia 2 de janeiro de 2022.
Queiroga disse que a consulta pública não se trata de uma “eleição” ou de uma “opinião de grupo de zap”, em referência ao aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp. “A consulta pública visa ouvir a sociedade. Não é uma eleição. Isso não é para opinião de grupo de zap. Nós queremos ouvir a sociedade”, declarou.
Metrópoles