Quatro linhas de ônibus deixaram de circular em Natal nesta segunda-feira (21). De acordo com a Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU), as linhas foram devolvidas pelas empresas concessionárias do transporte público.
As linhas em questão são os números: 68 (Alvorada – Parque das Dunas), 33B (Planalto – Lagoa Seca), 76 (Felipe Camarão – Parque das Dunas) e 593 (Circular Residencial Redinha).
A STTU informou que foi comunicada pelas empresas sobre a devolução das linhas, mas que tenta reverter a situação.
Desde o anúncio do aumento do diesel, as empresas ameaçaram reduzir a frota e até devolver a operação de linhas à prefeitura por alegarem não conseguir lidar com o custo do combustível atualmente.
Entre as alternativas sugeridas pelos empresários para que isso não acontecesse, estava o Poder Público subsidiar parte da operação ou aumentar a tarifa da passagem.
Além dessas quatro, desde o início da pandemia, em março de 2020, outras 24 linhas de ônibus foram devolvidas pelas empresas ao Município, segundo a STTU.
Os ônibus também seguem circulando na cidade com menos do que os 100% da frota, o que descumpre uma decisão judicial de março do ano passado, que obrigou as empresas a colocarem nas ruas toda a frota.
A STTU informou que nesse período emitiu 107 mil notificações às empresas de ônibus por conta do descumprimento da decisão judicial.
Recentemente, a prefeitura de Natal adiou mais uma vez a licitação do transporte público para recalcular a tarifa diante do aumento do diesel. O Poder Executivo não estipulou uma nova data prevista.
O reajuste tarifário, segundo explicou a secretária da STTU, Daliana Bandeira, será inevitável diante do aumento do diesel, mas só ocorrerá após a apresentação da licitação, com o fechamento de contrato com as empresas ganhadoras.
Parada vira santuário de adoração
Os moradores da região do Residencial Redinha, na Zona Norte de Natal, foram informados pelos motoristas na sexta-feira (18) que a linha 593 iria deixar de circular.
Cientes disso, eles decidiram transformar a parada do ônibus do bairro em um santuário de adoração, justificando que ele no momento não tem mais serventia nenhuma para uso do transporte público.
G1RN