A pesquisa Datafolha divulgada hoje (31), atiçou a cobiça de todos os partidos que sonham com a candidatura de Luciano Huck à presidência da República (DEM e PPS, sobretudo).
Sem Lula, ele aparece com 8% das intenções de voto, um número robusto para quem nunca participou de nenhuma eleição.
Embora Huck tenha afirmado no final do ano passado que não entraria na disputa, a entrevista dele para o Faustão reacendeu a esperança dos que querem vê-lo no páreo.
Diante do desgaste da classe política, Huck teria o benefício de não ter seu nome envolvido em maracutaias, apesar da forte ligação com o senador Aécio Neves. Com ótimo trânsito no meio empresarial e um rosto largamente conhecido, o apresentador tem defensores de peso, como o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.
O Datafolha bota mais fermento numa eventual candidatura ao revelar que Huck tem baixa rejeição (25%) e herda boa parte (8%) dos votos dos eleitores de Lula.
Ele deve permanecer em silêncio até abril, quando deverá decidir se aceita ser candidato. Os amigos mais próximos têm, no entanto, uma certeza: ele só concorre se entender que a vitória é garantida.
Apesar da vontade de participar decisivamente nas mudanças que tanto clama para o País, Huck sabe que a participação na corrida eleitoral pode trazer muitas perdas.
Daí, tantas idas e vindas.
Em 30 de março de 2017, quando deu entrevista para a Folha falando que sua geração precisava ocupar os espaços de poder, estava entusiasmado. “O Brasil precisa de renovação e tem uma classe política completamente desmoralizada, sem nenhum apelo popular, atração, charme. Se vou ser eu, não faço a menor ideia. Quero poder ajudar a identificar lideranças”, disse.
Huck tinha três pedras gigantescas no caminho. Uma delas foi afastada no último dia 24, quando o TRF-4 condenou Lula a 12 anos e um mês de prisão. Com o ex-presidente no páreo, suas chances de vencer reduziriam bastante.
As outras duas ainda perturbam Huck e são bem mais difíceis de serem escanteadas.
Luciano Huck, como a Coluna já adiantou, enfrenta forte resistência dentro de casa. Angélica teme que a vida do casal transforme-se num tormento com a devassa que, indubitavelmente, acontecerá a partir do momento em que seu marido for candidato.
A última preocupação de Huck é com a perda financeira que terá. Ele e a mulher engordam os cofres todos os meses com R$ 3,5 a R$ 4 milhões, entre salários e receita com propaganda. Por ano, temos um montante perto dos R$ 50 milhões, o que representa quase R$ 200 milhões ao cabo do mandato.
Essa montanha de dinheiro vai virar um montinho com Huck recebendo o salário de presidente da República. E o que seria drástico para ele: pode perder toda essa grana e não alcançar o poder.
Essas são as razões para Luciano Huck não ter se lançado oficialmente, ainda, à sucessão de Michel Temer.
Fonte: Coluna do Fraga/R7
1 Comentário
Luciano podia sim ser o nosso presidente, mais existe ganância por dinheiro. Em outros países o que vale é ter status. Luciano senão presidente poderia mudar e melhorar o Brasil por ser humano, pai de família e marido bom e exemplo. Pensar em perda de dinheiro? Jamais seria um São Francisco. Largar tudo por um ideal (ele não perde nada pois tem uma grande mulher e filhos educados). Poderia resolver a Educação e a Saúde.