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PT fica sem prefeitos em 7 estados, e PL, em 3; MDB e PP têm pelo menos 1 eleito por UF

FOTO: DIVULGAÇÃO

Protagonistas da disputa presidencial de 2022, PT e PL terminaram as eleições municipais de 2024 sem conseguirem eleger pelo menos um prefeito em todos os estados brasileiros.

O partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sai das urnas passando em branco nas cidades de sete estados, enquanto a sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro não terá gestores municipais em três unidades federativas (UFs).

Os sete estados que não terão nenhum prefeito do PT são Acre, Amapá, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima. No caso do PL, a sigla ficará sem gestor municipal no Ceará, no Piauí e em Roraima.

Não por acaso, Ceará e Piauí são dois estados com governadores petistas – Elmano de Freitas e Rafael Fonteles, respectivamente – e nos quais o PT fez a maior proporção de prefeitos eleitos, com 25% e 22% das cidades sob seu comando a partir de 2025. Foram 50 municípios piauienses e 47 cearenses – na Bahia, a sigla venceu em 49 cidades, ou 12% dos municípios do estado.

No caso do PL, o melhor desempenho em número de prefeituras foi registrado em São Paulo, com 102 vitórias no primeiro turno e mais duas no último domingo, e em Santa Catarina, com 90 municípios, ou 31% do total do estado, governado por Jorginho Melo (PL). No caso paulista, o desempenho da sigla supera a do partido do governador Tarcísio de Freitas, cujo Republicanos fez 79 prefeitos (12% do total), e só fica atrás do PSD, com 202 (31%).

MDB e PP, os partidos mais capilarizados

Apenas dois partidos elegeram prefeitos em todos os 26 estados brasileiros: o MDB, segundo no ranking de mais cidades conquistadas, e o PP, terceiro nessa lista.

O campeão de prefeituras vencidas, o PSD, está presente em 24 UFs – ficou sem prefeitos eleitos em Alagoas e Roraima.

A história das duas siglas que venceram em pelo menos uma cidade por estado ajuda a explicar o resultado. Trata-se dos dois partidos mais longevos em atividade no Brasil e que preservaram estruturas políticas com décadas de atuação.

O MDB surgiu como oposição institucionalizada na ditadura militar e manteve a denominação após o fim do bipartidarismo, em 1981, enquanto o PP é o herdeiro direto do partido de sustentação do regime, a extinta Arena – primeiro surgiu como PDS e passou por mudanças de nome até o atual Progressistas.

Outro partido com raízes no processo de redemocratização é o União Brasil, fruto da fusão entre PSL e DEM (ex-PFL). A sigla é a quarta em número de prefeituras conquistas neste ano, mas ficou sem vencer nenhuma cidade em três estados: Alagoas, Mato Grosso do Sul e Roraima.

CNN

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