DEPUTADO JOSÉ DIAS (PSDB) EM PÉ, CONVERSA COM DEPUTADO CARLOS AUGUSTO MAIA (PSD) DURANTE SESSÃO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA. (FOTO: ASCOM/AL)
Um dia depois da reunião em que o governador Robinson Faria pregou a união entre os Poderes para garantir o equilíbrio das contas do Estado, a proposta repercutiu na Assembleia Legislativa, sendo tema de pronunciamentos de alguns parlamentares na sessão realizada ontem.
O deputado José Dias (PSDB), por exemplo, endossou a proposta como solução para o enfrentamento da crise pela qual passa o Estado. O caminho correto, reforça o parlamentar, é o do entendimento conjunto.
“Temos que buscar soluções e só haverá caminho correto com entendimento mútuo. Felizmente nenhum Poder aqui no Brasil tem força para impor sua vontade aos outros soberanamente. Mas se não gerarmos esse entendimento, continuamos e vamos continuar nesse diapasão”, disse.
Antes de encerrar o pronunciamento, José Dias voltou a dizer que vai destinar os recursos referentes às emendas individuais ao orçamento para a saúde. “É necessário um esforço coletivo para melhorar o quadro da saúde no Rio Grande do Norte”.
O deputado Hermano Morais (PMDB) também citou a importância da reunião entre os representantes dos Poderes na quarta-feira (26) e cobrou apoio do governo federal para a solução da crise.
“Quero louvar a reunião dos Poderes tratando da questão orçamentária e buscando medidas que possam reequilibrar as finanças, já que o Estado vive hoje uma situação de insolvência, que é a incapacidade de cumprir os compromissos diante da receita que se tem, inclusive com atraso no pagamento da folha de pessoal”, afirmou.
Hermano Morais também defendeu um apoio mais justo do governo federal. “Fico muito à vontade de falar sobre isso, de cobrar maior apoio do governo federal para os estados. Já são mais de 11 milhões de desempregados no país numa situação desesperadora”, disse o deputado, que afirmou ter esperança num quadro mais favorável para 2017, desde que sejam tomadas medidas que revertam a expectativa negativa.
A reunião realizada na tarde de quarta-feira entre representantes do governo, Tribunal de Justiça, Ministério Público, Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas do Estado, decidiu pela criação de uma comissão que trabalhará para reequilibrar as contas do estado.
O Rio Grande do Norte, assim como boa parte dos estados da federação, vivencia a crise financeira e enfrenta quedas recorrentes de repasses federais que dificultam até o pagamento em dia do funcionalismo. A comissão idealizada no encontro já passou a atuar a partir de ontem (27) em caráter emergencial para normalizar as contas.
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