Os últimos resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, divulgada pelo IBGE, mostram que 47,2% dos potiguares com mais de 60 anos haviam recebido diagnóstico de catarata em algum momento de suas vidas. Isso representa um total de 254 mil pessoas que receberam o diagnóstico da doença em um ou ambos os olhos.
A pesquisa indica que essa proporção está acima da média do Nordeste (39,3%) e do Brasil (34,6%), sendo uma das três maiores do país entre as unidades da federação, e que o diagnóstico é proporcionalmente mais comum quanto maior o grau de instrução e o rendimento familiar per capita das pessoas. Entretanto, embora tenha elevada taxa da doença, o Rio Grande do Norte fica próximo da média nacional (74,2%) em número de pessoas que realizam a cirurgia para correção visual: 70,6% daqueles que recebem indicação de cirurgia.
O levantamento apontou também que, entre aquelas que optam por realizar a cirurgia, cerca de 80% das pessoas sem instrução formal a realizam pelo SUS, enquanto 39% das que têm ao menos o fundamental completo utilizam a rede pública de saúde.
Causada pelo envelhecimento do cristalino (parte do olho que funciona como uma lente), a catarata é uma doença que impede a visão e pode levar à cegueira. A cirurgia para retirada da catarata pode ser feita na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e consiste em trocar o cristalino por uma lente (novo cristalino artificial), como se fosse uma prótese no olho.