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Projeto leva alunos da rede municipal para conhecerem a nascente do Rio Doce

ALUNOS REDE MUNICIPAL

Com o objetivo de inovar e dinamizar o fazer pedagógico, associando a teoria e a prática, os alunos da Escola Municipal Monsenhor José Alves Landim, participaram de uma aula de campo na manhã desta terça-feira (26). A iniciativa levou cerca de 40 alunos para conhecer a bacia hidrográfica do Rio Doce e o processo de transformação e de degradação provocado pelo homem nessa área.

As atividades fazem parte do projeto “Um Novo Olhar sobre o Espaço” que vem sendo desenvolvido na unidade de ensino no bairro Potengi, Zona Norte de Natal, e coordenada pelo professor de Geografia, João Pedro da Silva Neto.

De acordo com o professor de Geografia, a aula de campo tem o intuito de despertar nos alunos, a partir dos conhecimentos desenvolvidos na escola, a consciência e a importância da preservação do manancial que abastece a população da Zona Norte, além de facilitar o aprendizado. “São duas formas de aplicar: uma mostra na teoria e a outra leva eles para conhecerem o que aprenderam na prática”, explica.

Na primeira parada, os alunos conheceram a nascente do rio, na Lagoa de Extremoz, onde foram apresentados dados dos aspectos físicos do manancial. Em seguida, dirigiram-se para a BR 101, local em que visitaram as voçorocas – escavação no solo causada por erosão do lençol de escoamento de águas pluviais -, que contribuíram significativamente, para o processo de assoreamento do rio. A última parada foi no chamado “Cinturão Verde” de Gramorezinho, onde os alunos conheceram as diversas formas de cultivo das hortaliças. Na oportunidade, os estudantes também conheceram um pouco do projeto “Amigo Verde”, que está transformando o sistema orgânico de hortaliças praticado por pequenos agricultores na Região Metropolitana de Natal.

O agricultor e proprietário de umas das hortas, Gaspar Batista do Nascimento, destacou o valor das hortaliças para a alimentação saudável e para a preservação das espécies que fazem parte do manancial. Ele contou também que, “de tempos em tempos é necessário fazer uma pausa na plantação, para ocorrer um descanso e recuperar o solo”, e só então, recomeçar o cultivo das hortaliças.

Para o estudante de 12 anos, Douglas Emanuel da Silva Quirino, as aulas em campo ajudam a entender melhor o que se aprende em sala de aula. “Na sala de aula gente aprende de uma forma, mas quando a gente vai para campo, as coisas entram com mais facilidade em nossas cabeças. A gente a vivencia o que antes apenas imaginávamos”, comentou.

Já para Marina Kaylane de Medeiros Lima, 11 anos, o que mais chamou atenção foi conhecer de perto as causas da devastação provocada pelo homem. “Vendo de perto, vejo toda importância da preservação e da utilização de produtos naturais para uma alimentação saudável”, disse a Marina.

Projeto ‘Um Novo Olhar sobre o Espaço’
É desenvolvido há três anos na Escola Municipal Monsenhor José Alves Landim, de forma interdisciplinar, com o objetivo de despertar uma consciência crítico-reflexiva sobre as alterações provocadas pelo homem no espaço, principalmente, nas comunidades da Zona Norte de Natal, onde os alunos residem.

O projeto contempla três eixos temáticos: Meio Ambiente, Artes e Comunicação, por meio do desenvolvimento de oficinas de hortas orgânicas, pintura em grafite, documentários, fotografias, brinquedos antigos, e a realização de um “Festival de Pipas”, numa perspectiva ambiental, artística e cultural.

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