Os professores estaduais retornaram ao trabalho, nesta segunda-feira (07), após o fim da greve que acontecia desde o dia 14 de fevereiro. A retomada das aulas foi possibilitada pelo acordo firmado entre a categoria e o Governo do Estado, na última sexta-feira (04), com relação ao Piso Salarial de 2022.
“Desde o primeiro dia, que seria o dia 14 de fevereiro, nós fizemos todo um trabalho para que as escolas estivessem prontas para receber os alunos. Acredito que vamos ter um retorno muito bom, porque os professores, alunos e pais estavam ansiosos para voltar às escolas. Está na hora de cumprir o calendário letivo e aproveitar para tentar recuperar agora em 2022 tudo aquilo de prejuízo que tivemos nos últimos anos”, destacou o secretário estadual de Educação, Getúlio Marques, em entrevista à TV Tropical.
Os professores decidiram entrar em greve no primeiro dia do ano letivo, marcado para ocorrer em 14 de fevereiro. Durante o período de paralisação, a categoria se reuniu com representantes do Estado para negociar o cumprimento do percentual de 33,24% no reajuste salarial dos trabalhadores da Educação. Após aproximadamente quatro reuniões, a proposta apresentada pela gestão estadual foi aprovada pelos professores e o movimento grevista chegou ao fim na sexta-feira, dia 04 de março.
“Foi um momento de muita negociação e diálogo. Em nenhum momento o Governo se negou a cumprir o reajuste. Pelo contrário, desde a primeira hora que saiu o valor e percentual de 33,24%, a governadora assumiu, inclusive na leitura da mensagem anual, que pagaria sim os professores. Mas é claro que isso faz parte de uma negociação. O Estado não tinha como pagar este ano os 33,24% para todos de uma só vez, porque isso traria um impacto muito grande de cerca de R$ 1 bilhão nas nossas contas. Então fizemos reuniões e chegamos ao consenso”, explicou o secretário.
A proposta aceita pela categoria contempla o reajuste dos salários dos professores e especialistas em educação que estão abaixo do novo piso já neste mês de março, com efeito retroativo a janeiro, em até 33,24%. Aos demais professores e especialistas, o reajuste se dará em três parcelas, da seguinte forma: 15,03% em março; 6% em novembro e 9,28% em dezembro.
Os estudos feitos pela área econômica do Governo chegaram à viabilidade de pagar o valor retroativo a janeiro também de forma escalonada – o retroativo da parcela de 15,03%, implantada em março, será pago a partir de abril em 09 (nove) parcelas. O retroativo restante será pago em 12 parcelas a partir de janeiro de 2023. Esse parcelamento fica condicionado a ser menor que 2,5% da receita corrente líquida do Estado (gatilho). Caso seja maior, o Núcleo de Ações Coletivas será acionado para rediscutir a forma do parcelamento.