Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) decidiram, após novo plebiscito, continuar a greve por tempo indeterminado. A votação, realizada pelo ADURN-Sindicato entre 29 e 31 de maio, contou com 1.826 participantes. Destes, 56,95% optaram pela continuidade da greve, 40,58% pelo retorno às atividades e 2,46% se abstiveram.
O presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, destacou a importância do plebiscito como instrumento democrático: “mais uma vez o plebiscito expressa a sua importância como um instrumento que referenda a vontade da maioria”.
Na próxima segunda-feira 3, o Conselho de Representantes do sindicato e o comando de greve se reunirão para discutir os próximos passos da mobilização.
Justiça suspende acordo do governo com Proifes
A 3ª Vara Federal de Sergipe proibiu o governo de fechar acordo salarial apenas com a Proifes, uma das entidades que representam os professores federais em greve por reajuste. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos havia anunciado um acordo com a Proifes, prevendo reajuste de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. No entanto, a decisão judicial, emitida na quarta-feira (29), suspendeu o acordo.
A ação foi movida pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe, um braço do Andes, rival político da Proifes e contrário aos percentuais oferecidos pelo governo. O juiz Edmilson da Silva Pimenta argumentou que um acordo com apenas uma entidade poderia prejudicar os direitos dos docentes não representados pela Proifes.
No Rio Grande do Norte, o ADURN-Sindicato, filiado à Proifes, decidiu realizar um novo plebiscito em razão dessa atualização para decidir se os professores da UFRN continuariam em greve após o acordo. Com o resultado do plebiscito desta sexta-feira 31, foi decidido que greve continua por tempo indeterminado.
A paralisação começou em 22 de abril.