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Professora pesquisadora do ISD vence prêmio internacional para jovens cientistas

FOTO: DIVULGAÇÃO

A professora pesquisadora do Instituto Santos Dumont (ISD), Andressa Radiske, venceu o Early Career Award 2022 da International Brain Research Organization (IBRO) [“Organização Internacional de Pesquisas sobre o Cérebro”, em tradução livre]. A IBRO é uma organização internacional que tem o objetivo de apoiar pesquisas na área das neurociências. Anualmente, o prêmio é concedido a destacados jovens cientistas que estão iniciando de forma independente a sua carreira como pesquisadores. Mais de 130 candidatos de todo mundo se inscrevem anualmente para o prêmio, dentre os quais apenas uma média de 15 são selecionados. O vencedor é contemplado com um financiamento de 5 mil euros para o fomento de pesquisas científicas.

Para concorrer ao prêmio, o candidato precisa submeter sua proposta de pesquisa e informar os artigos científicos publicados nos últimos 3 anos. A proposta e o currículo são avaliados por uma comissão julgadora composta por membros internacionais, que decidem o vencedor. Essa é a segunda vez que uma pesquisadora do ISD é contemplada com o Early Career Award. “Mais do que ganhar um prêmio, é muito importante ver que o trabalho que estamos fazendo aqui, no Rio Grande do Norte, tem ganhado essa projeção e reconhecimento internacional”, destaca Andressa.

A cientista, que é biomédica de formação, desenvolveu pesquisas no Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) sob orientação do professor Martín Cammarota. Durante esse período ela estudou os mecanismos moleculares e eletrofisiológicos envolvidos na formação, modificação e persistência de memórias de reconhecimento e aversivas motivadas pelo medo, as quais estão relacionadas à questões como fobias e traumas, tema que segue estudando no ISD.

“Essa pesquisa tem como objetivo ajudar a entender por que memórias relacionadas a traumas, fobias e compulsões, são resistentes à modificação e menos responsivas a tratamentos farmacológicos e psicoterapêuticos”, explica a pesquisadora. Natural do Rio Grande do Sul, Andressa tem se dedicado ao estudo das memórias desde o ano de 2007, quando ainda estava na graduação.

A pesquisa básica

O tipo de pesquisa desenvolvido por Andressa é conhecido como pesquisa básica. Nesse campo, os cientistas costumam buscar compreender processos fundamentais envolvidos no funcionamento do organismo.

“Ela é um tipo de pesquisa que busca responder perguntas que são fundamentais. Por exemplo: como nosso cérebro armazena as memórias? Ao longo da busca por essas respostas, o conhecimento acumulado vai gerar novos conceitos e teorias que podem não ser imediatamente aplicados na clínica, mas que servirão de base para o desenvolvimento científico de diferentes áreas das ciências aplicadas”, afirma a pesquisadora.

Quem

Andressa Radiske é Bacharel em Biomedicina, Mestre em Medicina e Ciências da Saúde com ênfase em Neurociências e Doutora em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Ela desenvolveu pesquisas de pós-doutorado no Memory Research Laboratory da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e trabalha como professora pesquisadora no Instituto Santos Dumont (ISD), em Macaíba (RN).

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